Défice agrava-se para 5,7% do PIB no primeiro trimestre do ano

por RTP

O saldo das Administrações Públicas (AP) registou um défice de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

"O saldo das AP no 1.º trimestre de 2021 atingiu -2.813,1 milhões de euros, -5,7% do PIB, o que compara com -1,2% no período homólogo", pode ler-se na nota divulgada pelo INE, que reflete assim o confinamento devido à pandemia, nos primeiros três meses do ano.

Segundo as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional divulgadas pelo instituto, no ano terminado no 1.º trimestre de 2021, o défice aumentou 1,1 pontos percentuais (p.p.), "representando uma necessidade de financiamento de 6,8% do PIB".

"Os resultados apresentados correspondem às estimativas preliminares para o 1º trimestre de 2021, período em que se verificou um novo confinamento geral, na sequência do agravamento da pandemia", refere o INE.

Face ao mesmo período do ano anterior, verificou-se um aumento de 11,2% da despesa total, enquanto a receita total variou apenas 0,3%.
Para o total do ano, o Governo prevê um défice de 4,5%.
Houve um crescimento de 12,0% da despesa corrente, devido às medidas excecionais de apoio à atividade económica no contexto da pandemia.

Esta variação foi o resultado de acréscimos nas prestações sociais (4,9%), nas despesas com pessoal (4,5%), no consumo intermédio (8,4%), nos subsídios pagos (708,5%) e na outra despesa corrente (16,3%).


Apenas os encargos com juros apresentaram uma diminuição de 6,5%.

O comportamento da receita corrente deveu-se a diminuições nos impostos sobre o rendimento e património, nos impostos sobre a produção e importação e nas vendas, de 0,9%, 8,4% e 7,3%, respetivamente, e a aumentos nas contribuições sociais, em 3,8% e na outra receita corrente, em 70%. A receita de capital registou um aumento de 3,3%.

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