Desemprego atinge valor mais baixo dos últimos 27 anos

por RTP
Reuters

Pela primeira vez em mais de 27 anos, o desemprego registado quebrou a barreira das 300 mil pessoas. O número de desempregados inscritos em junho de 2019 desceu para as 298,2 mil pessoas. Para encontrar um número mais baixo é preciso recuar a dezembro de 1991, altura em que se registaram 296,6 mil desempregados inscritos, revela o Governo.

Se forem considerados os números no território continental, o desemprego desce para as 280 mil pessoas, o valor mais baixo em, pelo menos, 30 anos.

Os dados divulgados hoje pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional mostram que, em junho, o número de desempregados registados desceu em todas as regiões do país.

Na região Centro, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, o desemprego alcançou os níveis mais baixos de que há registo. No Norte, o desemprego recuou para o patamar mais baixo em 17 anos, sendo que o desemprego registado no Algarve está em níveis comparáveis aos observados no início dos anos 2000.

Também o desemprego jovem baixou para as 27 mil pessoas, menos 4 000 que no mesmo período do ano passado.

Já no desemprego de longa duração, estavam inscritas 135 mil pessoas, ou seja, menos 28 mil desempregados.

Junho foi também o mês em que se alcançou a mais elevada taxa de cobertura de desempregados em medidas ativas de emprego e formação profissional, em mais de 20 anos.

Os números divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional foram aproveitados pelo Governo para emitir uma nota de imprensa em que se congratula com os números da legislatura.

De acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “o desemprego registado desceu 46,3%, no correspondente a menos 256,9 mil pessoas, com descidas de 60,0% do desemprego jovem (-41,5 mil) e de 48,1% do desemprego de longa duração (125,2 mil)”, o que para o Governo significa “o bom desempenho da economia, o dinamismo do mercado de trabalho e a execução das políticas ativas de emprego”.

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