Duas reuniões para tentar travar a greve dos motoristas

por Mário Aleixo - RTP
Travar a greve de dia 12 é o objectivo das duas reuniões marcadas para esta segunda-feira com as partes interessadas Carlos Barroso - Lusa

A uma semana do início da greve, o Governo acolhe reuniões separadas com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas está esta manhã no Ministério das Infraestruturas a apresentar as suas propostas ao Governo.

Uma informação confirmada na última noite, à Antena 1, pelo assessor jurídico do sindicato, Pedro Pardal Henriques. A reunião terá sido pedida por este responsável e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias.

Um encontro que não conta com a ANTRAM - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias.

A estrutura patronal estará numa reunião marcada para as 15h00 no Ministério das Infraestruturas. Neste encontro estarão representantes da Fectrans para negociar o contrato coletivo de trabalho.

A Antena 1 ouviu o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida.

André Matias de Almeida diz que, em qualquer caso, só estaria presente na reunião se os sindicatos levantassem o pré-aviso de greve, condição essencial para negociarem.
Marques Mendes recomenda ponderação
O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes disse na última noite, na estação de televisão SIC, que o Governo tem tudo preparado para fazer um exercício de autoridade.

O social-democrata defendeu ainda que os camionistas deveriam recuar e desconvocar a greve marcada para o dia 12 deste mês.


A greve convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25 e os 70 por cento, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

A última greve do SNMMP, iniciada a 15 de abril, levou à falta de combustíveis em vários postos de abastecimento em todo o país, tendo o Governo acabado por decretar uma requisição civil e convidar as partes a sentarem-se à mesa das negociações.
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