EUA suspendem tarifas sobre aço ucraniano por um ano

por Lusa

Os Estados Unidos vão suspender as tarifas sobre o aço da Ucrânia por um ano para tentar ajudar essa indústria face aos duros ataques das forças russas, informou hoje o Departamento do Comércio norte-americano.

As tarifas, de 25% sobre as importações de aço ucraniano, haviam sido colocadas em prática em 2018 pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (2017-2021), com o objetivo de proteger a indústria norte-americana.

"Para que as siderúrgicas continuem a ser uma tábua de salvação para o povo da Ucrânia, elas devem poder continuar a exportar aço", disse a secretária do Comércio, Gina Raimondo, em comunicado.

Gina Raimondo enfatizou que o anúncio da isenção tarifária de um ano é "um sinal para o povo da Ucrânia" do "compromisso" dos Estados Unidos de "ajudá-los a prosperar no meio da agressão de [Vladimir] Putin".

A secretária do Comércio também destacou que as siderúrgicas da Ucrânia estão entre os principais alvos dos bombardeamentos das forças russas.

De acordo com dados daquele Departamento, a indústria siderúrgica e setores relacionados respondem por cerca de 12% do produto interno bruto (PIB) da Ucrânia.

No final de abril, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu formalmente ao Congresso 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros) em ajuda adicional à Ucrânia, dos quais mais de 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros) vão ser destinados à assistência militar para apoiar a luta de Kiev contra a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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