Função Pública. Costa considera "fora de tempo" discutir aumentos em 2019

por RTP
"A seu tempo haveremos de negociar o que houver a negociar relativamente 2019 e creio que em abril de 2019 é manifestamente extemporâneo estarmos neste momento a refletir sobre essa matéria" Mário Cruz - Lusa

O primeiro-ministro não exclui a hipótese de aumentos na Função Pública no próximo ano. Questionado pela RTP, António Costa diz, no entanto, que ainda é cedo para falar sobre o assunto, sublinhando que os trabalhadores do Estado nunca foram maltratados por este Governo.

"Há um bocado em Portugal a mania de se discutirem fora do tempo cada uma das matérias e este Governo respeita o que é o princípio da negociação coletiva em geral e com a função pública em particular", referiu António Costa.

De acordo com o primeiro-ministro, "a seu tempo o Governo olhará para o Orçamento de 2019”, sendo "manifestamente extemporâneo colocar-se em abril de 2018" a reflexão sobre um aumento dos salários da Função Pública no próximo ano.

E acrescenta: "A seu tempo haveremos de negociar o que houver a negociar relativamente 2019 e creio que em abril de 2019 é manifestamente extemporâneo estarmos neste momento a refletir sobre essa matéria".

António Costa considerou ainda que, se há algo de que não podem acusar este Governo, “é de ter tido uma atitude negativa relativamente ao funcionalismo público, pelo contrário".

O líder do PS diz que o Governo tem "tido uma atitude permanente de valorização da administração pública. Fizemo-lo eliminando pela totalidade dos cortes de vencimentos que estavam impostos, salvo aos titulares de cargos políticos e fizemo-lo no que diz respeito ao descongelamento das carreiras, que está este ano a ocorrer".

O primeiro-ministro sustentou ainda que "desde o início desta legislatura, todos os anos os funcionários têm aumentado o seu rendimento disponível e assim continuará para o ano, quanto mais não seja com a prossecução do processo de descongelamento das carreiras".

Quanto ao facto de haver outros ganhos, nomeadamente, o aumento de salários, António Costa concluiu: "Se será necessário ou se se justificar outras formas, logo veremos na altura própria".
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