Governo quer reduzir duração máxima dos contratos a prazo

por RTP
Reuters

O Executivo quer reduzir o prazo dos contratos a prazo de um máximo de três para dois anos. Esta é uma das medidas que o Governo apresenta esta sexta-feira aos parceiros sociais para combater a precariedade. Entre as propostas do Governo está ainda uma taxa a ser paga pelas empresas que efetuem contratos a prazo em número superior à média do setor.

Essa taxa será de um valor entre 1 e 2% e vai incidir sobre a massa salarial anual dos contratados a prazo nessa empresa.

Os contratos a prazo serão ainda alvo de regras mais rígidas quando chega à hora da renovação. Mantém-se o limite de três contratos mas o prazo total das renovações não pode ser superior ao do contrato inicial.

A título de exemplo: se o contrato inicial for de seis meses, as duas renovações seguintes não poderão exceder, em conjunto, seis meses.

As medidas integram ainda a proposta que já constava do Programa do Governo, que restringe os motivos que justificam a contratação a termo.

Vão também ser alargados os incentivos financeiros para as empresas converterem em sem termo os contratos com termo.

Outra área abrangida será a dinamização da contratação coletiva. O Governo quer acabar com o banco de horas negociado de forma individual e passá-lo para o acordo coletivo.

Estas medidas fazem parte de um pacote que o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, levou para a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social desta sexta-feira.

Da parte dos parceiros sociais, só a UGT reagiu com agrado a estas medidas para combater a precariedade laboral. A CGTP disse que as propostas do Governo só servem para perpetuar os baixos salários, enquanto os patrões se mostraram frontalmente contra, alegando que não há racionalidade nas medidas anunciadas.

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