Inflação no Brasil sobe em maio e atinge 8,06% em doze meses

por Lusa

A inflação no Brasil registou uma subida de 0,83% em maio, o maior resultado para o mês em 25 anos, e já soma 8,6% em doze meses, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado em doze meses até maio supera a meta de inflação estabelecida pelo Governo brasileiro para este ano, que é de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 pontos para cima ou para baixo.

A subida de preços em maio, superior ao crescimento de 0,31% registado em abril, foi impulsionada principalmente pelo preço da energia elétrica e dos combustíveis.

De acordo com o IBGE, o preço da energia elétrica registou alta de 5,37% porque houve reajustes de preços promovidos por concessionárias de energia elétrica espalhadas pelo país.

O segundo maior impacto no índice foi na área dos Transportes, que teve um aumento de 1,15% em maio. Nele, o maior impacto veio da alta de 2,87% da gasolina, cujos preços haviam recuado 0,44% em abril.

Outros produtos do grupo também viram os seus preços subirem, como o gás veicular (23,75%), o etanol (12,92%) e o óleo diesel (4,61%).

Ocorreu também uma alta de preços no grupo da Saúde e Cuidados Pessoais (0,76%) e, nesta categoria, a maior contribuição veio dos Produtos Farmacêuticos (1,47%), cujos preços desaceleraram face a abril (2,69%).

Já o grupo de Alimentação e Bebidas, que tem maior peso no cálculo da inflação no país, registou uma subida de 0,44%.

A pressão inflacionária no Brasil obrigou o Comité de Política Monetária do Banco Central a encerrar o ciclo monetário expansionista e a elevar os juros oficiais, agora em 3,50% ao ano.

A economia brasileira caiu 4,1% no ano passado, o pior resultado anual desde 1996, e até 2021, segundo economistas consultados pelo Banco Central, crescerá 4,36%, com a inflação em torno de 5,5%.

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