Interruptor ganha bolsa de 27 mil euros para testar monetização de conteúdos online

por Lusa

A revista cultural multimédia Interruptor recebeu uma bolsa de 27 mil euros (33 mil dólares) atribuída pelo Grant For The Web, com o objetivo de desenvolver e aplicar duas tecnologias experimentais de monetização de conteúdo `online`, foi hoje anunciado.

O Interruptor foi um dos 25 selecionados, entre 70 candidaturas, e um de dois projetos financiados ligados ao jornalismo, nesta ronda de bolsas atribuídas pelo Grant For The Web, um fundo de 100 milhões de dólares (83 milhões de euros) para o fomento de protocolos e padrões de monetização de conteúdo web abertos, justos e inclusivos, segundo um comunicado divulgado pela diretora da revista, Rute Correia.

Mais concretamente, esta bolsa terá como objetivo o desenvolvimento e a aplicação de duas tecnologias, o Web Monetization (modelo de conversão do tráfego de um `site` em receitas) e o Interledger (um protocolo utilizado para pagamentos através de múltiplas redes de pagamento)

Ao longo de seis meses, a equipa residente do Interruptor -- Rute Correia, Ciaran Edwards e Ricardo Correia -- vai estar focada na integração desta tecnologia no seu `site`, enquanto expande a oferta jornalística.

"Reforçando o compromisso de manter todo o conteúdo aberto e acessível no seu site, o esforço estará concentrado no desenvolvimento de funcionalidades adicionais no site do Interruptor, que serão lançadas no decorrer do semestre", adiantou a responsável.

O processo será documentado num novo blogue tecnológico do Interruptor, criado especificamente para o efeito e que será divulgado em breve, acrescentou.

Caberá ainda a esta revista a organização de eventos de partilha e capacitação de outros meios de comunicação social na utilização desta tecnologia.

Para tal, o Interruptor lançou o convite a outros projetos jornalísticos independentes, interessados em alternativas de sustentabilidade financeira.

Fundado em setembro de 2020, o Interruptor é uma revista multimédia independente dedicada à cultura, com uma aposta vincada no jornalismo de dados, em podcasts e formatos longos.

Trata-se de uma revista de periodicidade quinzenal, que tem como bases o documentário, a arte, a ciência e a experimentação.

Apoiado no movimento do `software` livre e de código aberto, o Interruptor usa licenças abertas tanto no conteúdo e gráficos que publica, como no código que partilha, distinguindo-se ainda pelo respeito pela privacidade dos seu leitores e ouvintes, rejeitando `cookies` e rastreadores invasivos.

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