Um consórcio chinês está a preparar uma oferta pública de aquisição sobre a EDP, avança o jornal Expresso. O jornal escreve que a China Three Gorges, que é já o maior acionista da EDP, faz parte do consórcio. Atualmente, o Estado chinês detém já, através da China Three Gorges e da CNIC, mais de 28 por cento da elétrica portuguesa.
Segundo o jornal Expresso, o Governo português não deverá opor-se ao reforço da posição acionista chinesa na elétrica nacional. Em declarações aos jornalistas, António Costa afirmou que não tem “nenhuma reserva a opor” e notou que os “investidores chineses têm sido bons investidores”.
No entanto, o conselho de administração da empresa poderá classificar a OPA como hostil, escreve o Expresso.
Esta notícia surge um dia depois de a EDP ter revelado que os seus lucros caíram 23 por cento no primeiro trimestre. A empresa registou ganhos de 166 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.
Na sequência da notícia avançada pelo jornal Expresso, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários suspendeu a negociação das ações da EDP e da EDP Renováveis enquanto aguarda divulgação de informação relevante. A suspensão foi anunciada já depois do fecho da sessão desta sexta-feira.
Esta sexta-feira, a EDP terminou a sessão a valorizar 0,75 por cento para os 3,11 euros. A EDP Renováveis valorizou 0,58 por cento para os 7,845 euros.
Atualmente, o Estado chinês detém 28,25 por cento do capital da EDP, através da China Three Gorges (23,27 por cento) e da CNIC (4,98 por cento). A Capital Group tem 12 por cento do capital e a Oppidum Capital 7,19 por cento. Seguem-se a BlackRock (cinco por cento) e a Mubadala (4,06 por cento). O BCP tem 2,44 por cento do capital da empresa.
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