Ministro da Economia acredita: O crescimento económico poderá ser superior a 1,5% no próximo ano

por Antena 1

O ministro da Economia acredita que o crescimento económico poderá ser superior a 1,5 por cento no próximo ano. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, António Costa Silva revela que apesar do cenário internacional adverso "está convicto que vamos chegar ao fim acima desse valor" porque as empresas já mostraram a sua capacidade de resposta.

O ministro acredita mesmo que as empresas, tal como aconteceu o ano passado, poderão fazer aumentos de salários acima dos 5%, previstos em sede de concertação social.
António Costa Silva garante também que apesar da CIP não ter assinado o acordo, o diálogo com a Confederação dos Empresários de Portugal vai continuar para criar outras plataformas de entendimento.

Esta abertura ao diálogo estende-se também ao PSD no âmbito das propostas que propõem para a economia e as empresas. Segundo Costa Silva no Orçamento do Estado "há algumas medidas que podem ser melhoradas em função das conversas com o PSD".

Nesta entrevista o ministro garantiu que os reembolsos de apoios europeus em atraso junto do IAPMEI a 136 empresas no valor global de 9,7 milhões já estão a ser pagos no âmbito do Portugal 2020, programa que até ao final do ano vai estar concluído.
Em resposta à AEP - Associação Empresarial de Portugal, que denunciou a existência de empresas que saíram dos consórcios por causa dos atrasos, António Costa Silva fala de "uma gota de água", refere que se trata apenas de três empresas de pequena dimensão e assegura que o PRR está a entrar em velocidade de cruzeiro. Ainda assim, admite que na relação com a Administração Publica às vezes termina o dia "exasperado". Considera que é preciso "paciência e tenacidade" e quer chegar ao final do ano com 3 mil e quinhentos milhões de pagamentos feitos.

Sobre a crise no Medio Oriente e eventuais impactos no preço do petróleo e consequentemente na energia e em particular nos combustíveis, o ministro da Economia garante que a situação está a ser acompanhada e que o governo está disponível para atuar e apoiar as empresas para proteger o sistema produtivo de fatores externos.
Sobre a Efacec o ministro acredita na conclusão do processo nas próximas semanas até porque a Comissão Europeia vai dar luz verde. Sem se comprometer com uma data, admite que será possível "anunciar um desfecho feliz". Reconhece que os encargos para o Estado com a venda possam ser "algo maiores" do que os inicialmente previstos, mas ainda assim assegura que será criado um mecanismo através do qual será possível uma recuperação parcial de todos os encargos.
Entrevista de Rosário Lira (Antena 1) e de Hugo Neutel (Jornal de Negócios).   
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