Ministro da Economia pede "esforço adicional" às empresas para compensar fim dos voos Porto-Milão

por Lusa
Paul Whitaker - Reuters

Milão, Itália, 14 fev (Lusa) -- O ministro da Economia admitiu hoje que com o fim da ligação aérea Porto/Milão da TAP as empresas de calçado, que ali se deslocam para a maior feira mundial do setor, terão de fazer "um esforço adicional".

"É sempre mau pedir às empresas um esforço adicional, mas elas fazem um esforço adicional e chegaram cá", afirmou Manuel Caldeira Cabral, hoje em visita à feira do calçado MICAM em Milão.

Questionado por diversas vezes pelos jornalistas sobre o fim dos voos da TAP entre Porto e Milão e o seu impacto para os empresários do setor do calçado, maioritariamente instalados no Norte do país, o ministro respondeu: "as preocupações com o setor são várias, as ligações ao exterior são uma preocupação importante e pela qual estamos a lutar".

"O Governo não quis deixar os seus créditos por mãos alheias e interveio no caso da TAP para tentar, dentro do possível, garantir que são acautelados os interesses nacionais", acrescentou.

O ministro aproveitou para lembrar que "o setor do calçado está a exportar e vai continuar a exportar", referindo que há um número recorde de empresas na feira de Milão, muitas das quais do Norte.

Apesar do esforço assumido, Manuel Caldeira Cabral salientou a vontade de "facilitar a vida às empresas" e não criar "novas dificuldades".

"Queremos facilitar a vida às empresas, dar-lhes melhores condições para operarem e dar-lhes também condições para evoluírem na inovação, na tecnologia e na qualificação da mão-de-obra porque é por esse caminho que se cria mais valor", realçou.

Aquela que é a maior feira do calçado do mundo conta com a participação de 95 empresas portuguesas (a maior presença de sempre), responsáveis por 500 milhões de euros em exportações.

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