Moçambique e consórcio da Eni e Exxon assinam acordo complementar para produção de gás natural
O Governo moçambicano e o consórcio da Eni e Exxon Mobil assinaram hoje o segundo acordo complementar do contrato de pesquisa e produção de gás natural da Área 4, norte de Moçambique, anunciaram em comunicado.
O diretor-geral da Mozambique Rovuma Venture (MRV), constituída pelo consórcio, Mark Hackney, disse, citado na nota de imprensa, que o acordo com o executivo moçambicano é um passo importante para a Decisão Final de Investimento (FDI, na sigla inglesa) prevista para o final deste ano.
"A assinatura do segundo acordo complementar assinala um marco importante e um passo significativo em direção à Decisão Final de Investimento", lê-se no texto.
O segundo acordo complementar assegura o enquadramento legal e contratual, que vai permitir que o projeto de gás natural liquefeito (GNL) do Rovuma avance.
"O segundo acordo complementar, combinado com o plano de desenvolvimento e o acordo de unificação e operações de unidade, cria uma estrutura para o desenvolvimento e monetização das descobertas de gás natural de classe mundial da Área 4", refere-se no comunicado.
Por seu turno, o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela, considerou o entendimento um avanço importante para a materialização do projeto de produção de GNL da Área 4 e demonstra o compromisso do executivo em assegurar benefícios para todo o povo moçambicano, com a exploração dos recursos minerais.
Além da Eni e da Exxon Mobil, ambas com uma comparticipação conjunta de 70%, a MVR é constituída pela portuguesa Galp, empresa estatal moçambicana ENH e a Kogas, da Coreia do Sul, com 10%, cada.
Além da MVR, a bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, conta com um consórcio dirigido pela norte-americana Anadarko, na Área 1.
A Anadarko anunciou em junho a DFI para a produção de GNL na Área, prevendo aplicar 25 mil milhões de dólares (22,3 mil milhões de euros) no projeto.