Portugal colocou 1.750ME em dívida com juros a subir a 6 meses e a descer a 12 meses

por Lusa

Portugal colocou hoje 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a taxas de juro negativas, mas a subirem a seis meses e a descerem a 12 meses face aos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Depois de terem atingido o mínimo de sempre em 17 de janeiro último, as taxas de juro médias dos Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses já tinham subido em 21 de março e 16 de maio, anteriores leilões comparáveis.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 12 meses foram colocados 1.350 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,280%, de novo negativa e inferior à registada em 16 de maio, quando foram colocados 1.250 milhões de euros a -0,271%.

Em 17 de janeiro foram colocados 1.250 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,398%.

A seis meses foram colocados hoje 400 milhões de euros em BT à taxa média de -0,339%, menos negativa do que as verificadas em 16 de maio, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,351%.

Em 17 de janeiro foram colocados 500 milhões de euros à taxa mínima de sempre de -0,425%.

A procura atingiu 2.705 milhões de euros para os BT a 12 meses, duas vezes superior ao montante colocado, e 965 milhões de euros para os BT a seis meses, 2,40 vezes o montante colocado.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou a realização hoje de dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidades em janeiro de 2019 (seis meses) e em julho de 2019 (um ano) com um montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros.

Para o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, "a taxa nos 6 meses subiu ligeiramente e a taxa nos 12 meses desceu ligeiramente, mantendo-se ambas negativas, o que é uma boa notícia para o financiamento do país que recebe juros quando pede emprestado".

"A procura subiu ligeiramente face aos últimos leilões comparáveis, mas nada de muito relevante", refere Filipe Silva, considerando que "também é natural ter havido mais procura na dívida com o prazo mais longo".

Filipe Silva disse ainda que "o Estado faz bem em aproveitar este período de juros negativos para ir substituindo (fazendo o `rollover`) dívida antiga."

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