Primeiro-ministro rejeita haver indicações para cortar na Saúde

Luís Montenegro comentou a notícia do Público de que estariam a ser preparados cortes nos serviços de saúde para garantir que o que se pretende no executivo é uma maior eficiência no uso dos recursos.

RTP /
Foto: Tiago Petinga - Lusa

O primeiro-ministro admitiu ter havido uma orientação sua para uma maior eficiência na saúde, recusando que essa diretiva implique cortes no sector. Luís Montenegro reagia assim, à margem de uma visita a uma escola em Lisboa, à notícia do Público segundo a qual a Direção Executiva do SNS teria dado indicações aos hospitais para cortarem na despesa, mesmo que isso implicasse atrasar consultas e cirurgias.

"A palavra corte não é correta, não há nenhuma orientação no sentido de cortar o que quer que seja", garantiu Montenegro, esclarecendo haver contudo "uma orientação muito exigente" no sentido da "otimização de recursos".

"Nós não queremos cortar nada. Implica gerir melhor, implica lutar contra o desperdício, implica fazer melhores opções na compra de bens e serviços, para podermos ter os recursos de que precisamos, para podermos ter uma política retributiva, em termos de valorização de carreiras, que seja adequada para podermos atrair e reter mais profissionais de saúde no sistema", explicou o primeiro-ministro aos jornalistas.

Sobre o pedido de demissão da ministra da Saúde feito pelo líder do PS, Luís Montenegro disse que todos os ministros têm a sua confiança: "Se não tivesse condições, não estava no Governo".
O chefe do Governo disse ainda querer "deixar muito claro" que a sua orientação "é a de que nos serviços de saúde não deve haver nenhuma diminuição, nem do serviço, nem da disponibilidade de acesso aos mesmos por parte do cidadão".

"É completamente falso que haja qualquer orientação no sentido de diminuir a capacidade de disponibilizar serviços e de recuperar até a celeridade com que os mesmos são prestados. Agora, o que é verdade, isso sim, é que todos temos de ser, incluindo no sistema de saúde, ainda mais eficientes no uso do dinheiro público".

Recusando a palavra cortes, diria ainda que "nós queremos acelerar ainda mais a recuperação das listas de espera, seja para consultas, seja para cirurgias. Nós queremos, de facto, tornar o sistema mais eficiente".

c/ Lusa
PUB