PS diz que crescimento está "bastante aquém" do esperado mas repudia acusação do PSD

por Lusa

O PS considera que os números do crescimento no segundo trimestre publicados hoje pelo INE estão ainda "bastante aquém" do esperado, mas rejeita a afirmação do PSD que acusou o Governo de estar a levar a economia para a estagnação.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, para um aumento de 0,9% em termos homólogos e de 0,3% em cadeia (mais 0,1 pontos percentuais em cada caso).

Nas habituais reações dos partidos políticos, Maria Luís Albuquerque, deputada do PSD e ex-ministra das Finanças do governo de Pedro Passos Coelho, acusou o Executivo socialista de António Costa de estar a conduzir a economia para a estagnação, uma afirmação que o deputado do PS João Galamba rejeita.

Em declarações à Lusa, o parlamentar reconhece que os dados hoje publicados pelo INE revelam que "o crescimento ainda fica bastante aquém do que é desejado pelo PS e pelo Governo", mas olha para o estado da economia em 2015 para sustentar que as acusações do PSD são infundamentadas.

"Este é o melhor trimestre desde o segundo trimestre de 2015 e o crescimento deste trimestre foi de cerca de o triplo do [registado no] terceiro trimestre de 2015 quando se iniciou a estagnação da economia portuguesa", disse.

Segundo a entidade estatística, no segundo trimestre do ano passado, a economia portuguesa cresceu 0,4% em cadeia e 1,5 em termos homólogos e, no terceiro trimestre de 2015, o PIB aumentou 0,1% em cadeia e 1,4% face ao mesmo trimestre do ano anterior.

Assim, João Galamba defende que, "embora os resultados fiquem aquém do desejado pelo PS, a afirmação do PSD não tem qualquer fundamento" e diz ainda que "o que está a acontecer é o atual Governo a tentar tirar a economia da estagnação que foi deixada pelo governo anterior, de Maria Luís Albuquerque, de Passos Coelho e de Assunção Cristas".

Para o deputado do PS, a estagnação económica de que o PSD agora fala "vem de trás" e "o máximo de que este Governo pode ser acusado é de ainda não ter conseguido retirar a economia da estagnação que foi deixada pelo governo anterior".

João Galamba destaca ainda os "sinais positivos da atividade económica", referindo o emprego, as vendas a retalho, dados do setor da construção e a confiança dos consumidores e considerando que estes indicadores "indiciam uma aceleração adicional para o PIB no terceiro trimestre".

O Governo prevê que a economia portuguesa cresça 1,8% este ano, uma projeção mais otimista que a do Banco de Portugal (1,3%), do Fundo Monetário Internacional (1,4%) e da Comissão Europeia (1,5%).

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