Economia
Tarifas de Trump. Europa ainda espera alcançar acordo mas já prepara contramedidas
O comissário do Comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, afirmou esta segunda-feira que vai levar por diante as negociações com os Estados Unidos, até porque rejeita desistir de um acordo sem “um esforço genuíno”. Caso contrário, admitiu, a imposição de tarifas de 30 por cento, tal como ameaçou Donald Trump, seria equivalente à eliminação do comércio entre europeus e norte-americanos. Entretanto, a UE diz-se preparada para aplicar o pacote de taxas retaliatórias no valor de 21 mil milhões de euros caso as negociações falhem, mas as contramedidas podem praticamente quadruplicar este valor.
Dois dias depois de Donald Trump ter anunciado a imposição de tarifas de 30 por cento sobre todos os produtos da União Europeia a partir de 1 de agosto, a União Europeia vinca que continua a trabalhar para alcançar um acordo que evite esse cenário.
Durante o fim de semana, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a Comissão Europeia vai procurar um entendimento, mas prometeu adotar “todas as medidas necessárias para salvaguardar” os seus interesses, o que inclui “a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.
Já está segunda-feira, o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, espera que as discussões entre os negociadores norte-americanos e europeus decorram já esta segunda-feira. “Pretendo voltar a falar com os meus homólogos norte-americanos ainda hoje, até porque não consigo imaginar-me a deixar este assunto neste momento sem fazer um esforço genuíno”, afirmou o responsável antes de uma reunião de ministros do Comércio da UE em Bruxelas.
Segundo o comissário do Comércio, a aplicação de tarifas de 30 por cento por Washington seria “efetivamente proibitiva para o comércio mútuo” para o comércio entre UE e Estados Unidos.A UE e os EUA têm a maior relação bilateral de comércio e investimento e a relação económica mais integrada do mundo. Juntos, representam quase 30 por cento do comércio e 43 por cento do PIB mundial. Em 2024, o comércio transatlântico de mercadorias e serviços ultrapassou os 1,68 mil mihões de euros, segundo dados da Comissão Europeia.
Maros Sefcovic afirma que a Europa deve estar preparada “para todas as eventualidades, incluindo, se necessário, contramedidas proporcionais e bem calibradas para restaurar o equilíbrio na nossa relação transatlântica”.
“A atual incerteza provocada por tarifas injustificadas não pode continuar indefinidamente”, destacou. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para evitar este cenário”, prometeu ainda.
“Se queres a paz, deves preparar-te para a guerra”
À entrada para a reunião de ministros do Comércio da UE em Bruxelas, o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Lokke Rasmussen, afirmou que a União Europeia não quer “uma escalada” da guerra comercial, mas deve preparar-se para o pior cenário.
“Queremos um acordo, mas há um velho ditado: Se queres a paz, deves preparar-te para a guerra”, vincou o ministro dinamarquês, cujo país ocupa por esta altura a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
Já o ministro francês responsável pelo Comércio, Laurent Saint-Martin, admitiu que a situação se alterou desde o anúncio de tarifas pelo presidente norte-americano no último sábado.
“Obviamente, a situação após o último sábado deve levar-nos a mudar a nossa abordagem”, afirmou o ministro a partir de Bruxelas, considerando ainda que “não deve haver tabus” na discussão.
Em entrevista ao jornal italiano Il Messagero, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros e ex-presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, afirmou que a União Europeia está preparada para impor um conjunto de tarifas às importações norte-americanas no valor de 21 mil milhões de euros caso as negociações não cheguem a bom porto.
Para o MNE italiano, a situação deve levar inclusive a medidas de apoio à Zona Euro por parte do Banco Central Europeu (BCE) com um plano como o que foi alinhavado durante a covid-19 para “proteger as empresas”.
Antonio Tajani espera que haja progresso nas negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos, mas adiantou que a UE já está a preparar um novo pacote de tarifas para lá dos 21 mil milhões de euros.
De acordo com o jornal Politico, os ministros europeus estão a preparar umo novo pacote de medidas retaliatórias que podem chegar aos 72 mil milhões de euros, que acrescem às tarifas de 21 mil milhões de euros ao aço e o alumínio, que foram adiadas.
Durante o fim de semana, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a Comissão Europeia vai procurar um entendimento, mas prometeu adotar “todas as medidas necessárias para salvaguardar” os seus interesses, o que inclui “a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.
Já está segunda-feira, o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, espera que as discussões entre os negociadores norte-americanos e europeus decorram já esta segunda-feira. “Pretendo voltar a falar com os meus homólogos norte-americanos ainda hoje, até porque não consigo imaginar-me a deixar este assunto neste momento sem fazer um esforço genuíno”, afirmou o responsável antes de uma reunião de ministros do Comércio da UE em Bruxelas.
Segundo o comissário do Comércio, a aplicação de tarifas de 30 por cento por Washington seria “efetivamente proibitiva para o comércio mútuo” para o comércio entre UE e Estados Unidos.A UE e os EUA têm a maior relação bilateral de comércio e investimento e a relação económica mais integrada do mundo. Juntos, representam quase 30 por cento do comércio e 43 por cento do PIB mundial. Em 2024, o comércio transatlântico de mercadorias e serviços ultrapassou os 1,68 mil mihões de euros, segundo dados da Comissão Europeia.
"Será quase impossível continuar o comércio como estamos habituados numa relação transatlântica. (...) As cadeias de abastecimento transatlânticas serão fortemente afetadas em ambos os lados do Atlântico", alertou.
“A atual incerteza provocada por tarifas injustificadas não pode continuar indefinidamente”, destacou. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para evitar este cenário”, prometeu ainda.
“Se queres a paz, deves preparar-te para a guerra”
À entrada para a reunião de ministros do Comércio da UE em Bruxelas, o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Lokke Rasmussen, afirmou que a União Europeia não quer “uma escalada” da guerra comercial, mas deve preparar-se para o pior cenário.
“Queremos um acordo, mas há um velho ditado: Se queres a paz, deves preparar-te para a guerra”, vincou o ministro dinamarquês, cujo país ocupa por esta altura a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.
Já o ministro francês responsável pelo Comércio, Laurent Saint-Martin, admitiu que a situação se alterou desde o anúncio de tarifas pelo presidente norte-americano no último sábado.
“Obviamente, a situação após o último sábado deve levar-nos a mudar a nossa abordagem”, afirmou o ministro a partir de Bruxelas, considerando ainda que “não deve haver tabus” na discussão.
Em entrevista ao jornal italiano Il Messagero, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros e ex-presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, afirmou que a União Europeia está preparada para impor um conjunto de tarifas às importações norte-americanas no valor de 21 mil milhões de euros caso as negociações não cheguem a bom porto.
Para o MNE italiano, a situação deve levar inclusive a medidas de apoio à Zona Euro por parte do Banco Central Europeu (BCE) com um plano como o que foi alinhavado durante a covid-19 para “proteger as empresas”.
Antonio Tajani espera que haja progresso nas negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos, mas adiantou que a UE já está a preparar um novo pacote de tarifas para lá dos 21 mil milhões de euros.
De acordo com o jornal Politico, os ministros europeus estão a preparar umo novo pacote de medidas retaliatórias que podem chegar aos 72 mil milhões de euros, que acrescem às tarifas de 21 mil milhões de euros ao aço e o alumínio, que foram adiadas.
No domingo, a presidente da Comissão Europeia anunciou a suspensão das medidas retaliatórias contra as tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio. A suspensão deveria expirar na noite de segunda para terça-feira.
c/ agências