Trabalhadores de museus e monumentos cumprem última greve do ano em dia feriado
Os trabalhadores dos museus e monumentos nacionais cumprem hoje a última greve do ano ao trabalho em dias feriados, por falta de respostas do Governo, embora o sindicato alerte que a maioria dos equipamentos está fechada por ser segunda-feira.
Os trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 equipamentos tutelados pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) têm cumprido greves ao longo do ano, em dias feriados, devido à falta de respostas do Governo às suas reivindicações
Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a greve tem encerrado vários museus e monumentos pelo país, incluindo alguns dos mais visitados em Portugal.
Hoje, último feriado do ano, realiza-se mais uma greve, mas o dirigente do FNSTFPS, Orlando Almeida, alertou que, à semelhança do que aconteceu no feriado passado, dia 01 de dezembro, o efeito não se sentirá ao nível dos museus, que encerram à segunda-feira.
Segundo Orlando Monteiro, estão previstos constrangimentos no acesso a alguns palácios e monumentos, nomeadamente os mesmos que encerraram no passado dia 01.
Num balanço a um dia de greve que, dadas as circunstâncias, foi considerado "bom", o sindicalista indicou que estiveram encerrados o Convento de Cristo, o Castelo de Guimarães e o Paço dos Duques, a Fortaleza de Sagres e o Palácio Nacional de Mafra. Já o Palácio Nacional da Ajuda, esteve aberto parcialmente.
"Prevemos a mesma adesão que tivemos no outro feriado, deverão fechar os mesmos equipamentos", afirmou Orlando Monteiro, à Lusa.
Estes trabalhadores exigem uma "justa compensação" do trabalho prestado em dias feriados e contestam a falta de respostas do Governo às suas reivindicações.
A paralisação, convocada pela FNSTFPS, decorre desde a Páscoa, em abril, mas os trabalhadores já tinham estado em greve durante vários meses em 2024 pelo mesmo motivo.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, menos de 20 euros líquidos, um valor que consideram insuficiente e injusto.