O défice das contas públicas ascendeu, na primeira metade do ano, a 0,8 por cento do Produto Interno Bruto por causa da recapitalização do Novo Banco, indicam números divulgados esta terça-feira pela UTAO. Ainda assim, o valor não coloca em causa a meta estabelecida pelo Governo para o conjunto de 2019: 0,2 por cento.
O cálculo da Unidade Técnica de Apoio Orçamental para o semestre ultrapassa a meta do Governo para o conjunto do ano, de 0,2% do PIB, “sem, contudo, colocar em causa o seu cumprimento”, de acordo com os técnicos que prestam apoio aos deputados.
A estimativa da UTAO “encontra-se, em grande medida, influenciada pela recapitalização do Novo Banco, dado o elevado peso desta operação, particularmente quando expresso em percentagem do PIB semestral”.
Expurgado o impacto do Novo Banco, a UTAO aponta para um excedente “em cerca de 0,3 por cento do PIB”, valor que “está em linha com o objetivo anual do Governo excluindo o impacto de medidas temporárias e/ou não-recorrentes, revisto no PE/2019-23 [Plano de Estabilidade] para 0,4 por cento do PIB face aos 0,1 por cento do PIB considerados inicialmente no OE/2019”.
c/ Lusa
