PPE lidera projeção para eleições europeias e extrema-direita e conservadores sobem

por Lusa

O Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita) voltaria a ser o grupo mais votado nas europeias, segundo uma projeção da Europe Elects, que antecipa uma maioria absoluta juntamente com socialistas e liberais, mantendo-se a tendência de subida da extrema-direita e conservadores.

De acordo com a projeção divulgada hoje pela Europe Elects, organismo que analisa dados eleitorais, se as eleições europeias fossem hoje, o PPE -- que integra os eurodeputados portugueses do PSD (seis) e do CDS-PP (um) -- obteria 181 lugares no Parlamento Europeu, perdendo seis em relação aos resultados de 2019, resultado que representaria a sua sétima vitória consecutiva.

Já os Socialistas e Democratas (S&D), que inclui os nove eleitos do PS, teriam menos sete lugares no hemiciclo, para um total de 140.

O grupo centrista-liberal Renovar a Europa (RE, a que pertence o Iniciativa Liberal) ganharia 83 assentos -- menos 16 que nas últimas eleições.

"Com 403 dos 705 lugares, os três partidos que formam uma coligação informal no Parlamento Europeu têm uma maioria absoluta de lugares assegurada na nossa projeção", alcançando um total de 51%, refere a Europe Elects.

A três meses das eleições europeias, que decorrem entre 06 e 09 de junho, há três candidatos a ocupar o lugar de terceiro grupo mais votado: Identidade e Democracia (ID, que integra partidos de extrema-direita, incluindo o Chega), Conservadores e Reformistas (ECR, nacionalistas conservadores) e o Renovar (centro-liberais).

Os grupos mais à direita teriam um maior crescimento -- o ID subiria 16 lugares, para 92, e a bancada do ECR passaria a ter 83 eleitos (mais 21) -, enquanto o Renovar perderia 16 assentos, para 82.

O sexto lugar "seria possível" para três grupos: os Verdes (de que faz parte o deputado independente Francisco Guerreiro), com 49 eurodeputados (menos 25); a Esquerda (Bloco de Esquerda e CDU), com 45 lugares (mais quatro) e os não inscritos (NI), com 45 assentos (menos 13).

Os partidos não afiliados -- atualmente fora do hemiciclo - teriam quatro eleitos.

O grupo da Esquerda "é o maior vencedor dos últimos meses", ao ganhar nove lugares, principalmente devido ao partido BSW - Razão e Justiça, da líder populista de esquerda alemã, Sahra Wagenknecht, e ao Esquerda Italiana.

Os conservadores beneficiam da entrada do partido de extrema-direita francês Reconquista (liderado por Éric Zemmour) e dos Irmãos de Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni. Também o Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deverá sair do PPE e ingressar no ECR após as eleições.

Segundo a projeção do Europe Elects para Portugal, PSD e PS conseguiriam eleger sete eurodeputados cada, enquanto o Chega entraria para o Parlamento Europeu, com quatro eleitos, bem como a Iniciativa Liberal (um).

Bloco de Esquerda perderia um lugar e CDU sairia do hemiciclo, assim como o eurodeputado Francisco Guerreiro, que foi eleito em 2019 pelo PAN, mas que se tornou entretanto independente.

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