A mais recente sondagem divulgada pelo Le Monde atribui a Emmanuel Macron 59 por cento das intenções de voto, contra 41 por cento para Marine Le Pen. A quatro dias da votação, os dois candidatos estarão esta noite frente-a-frente num debate perante milhões de espetadores.
A tendência de voto para 7 de maio não sofreu alterações substanciais desde que foram conhecidos os resultados da primeira volta das presidenciais. A anterior sondagem da Cevipof, realizado em meados de abril, dava a Macron 61 por cento das intenções de voto perante a possibilidade de o confronto da segunda volta ser contra Marine Le Pen. A menos de uma semana da segunda volta, os inquéritos realizados apontam para um potencial resultado de 59 por cento de votos em Macron e 41 por cento em Marine Le Pen.
O índice de intenção de participação dos eleitores é de 76 por cento, uma evolução de quatro pontos em relação ao anterior inquérito de 16 e 17 de abril. Os eleitores que na primeira volta votaram em Le Pen (87 por cento) e Emmanuel Macron (88 por cento) são aqueles que se mostraram mais determinados a ir votar este fim de semana, contra os 76 por cento dos eleitores de François Fillon, 73 por cento de Benoît Hamon e apenas 66 por cento dos eleitores que votaram em Jean-Luc Mélenchon.
Frente-a-frente crucial
Depois de dez dias de campanha eleitoral desta segunda volta, esta noite é de frente-a-frente entre os dois candidatos. Desde 1974 que este é um momento forte das campanhas presidenciais em França.
De acordo com as sondagens recentemente conhecidas, a abstenção prevista para domingo oscila entre os 22 e os 28 por cento. 18 por cento dos inquiridos que dizem que irão votar “de certeza” ou “quase de certeza” afirmam estar indecisos, de acordo com uma sondagem da Elabe de terça feira, citada pela agência France Presse.
São ingredientes para um frente-a-frente que se antevê aceso, acicatado por dois programas eleitorais diametralmente opostos. Os dois rivais deverão discutir temas como o espaço da França na União Europeia e na zona euro, segurança, mercado de trabalho e educação.
Emmanuel Macron prometeu já um “corpo-a-corpo” com a adversária da extrema-direita, dizendo que o projeto de Le Pen é “perigoso”. “Eu quero avançar [no debate] num corpo-a-corpo, num combate de fundo sobre as ideias, para demonstrar que são falsas soluções”, aquelas que são advogadas por Le Pen.
Plus de 20% des Français ont fait confiance à Mme Le Pen. Je veux aller au combat pour démontrer que ses idées sont fausses. #BourdinDirect pic.twitter.com/b1KGuXvGm4
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 2 May 2017
Marine Le Pen usou o Twitter para acicatar o debate televisivo. Acusa Macron de ser “adversário do povo” e de ser herdeiro do impopular presidente socialista em fim de mandato, François Hollande. “Se Macron não se sentir confortável, pode sempre pedir a François Hollande para lhe vir segurar a mão. Eu não me oporei a isso”, refere a candidata da Frente Nacional.
Si M. Macron ne se sent pas à l'aise, il peut toujours demander à François Hollande de venir lui tenir la main, je ne m'y opposerai pas. MLP https://t.co/1EkR1JL9gC
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) 2 May 2017
C/agências internacionais