Pilotos desmentem prolongamento da greve

por Sérgio Alexandre, RTP
Hugo Correia, Reuters

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil desmente à Antena1 estar a ponderar nova greve para depois de 10 de maio.

Em declarações à rádio pública portuguesa, é também negada a informação segundo a qual estaria agendada uma assembleia-geral do sindicato para o próximo domingo, durante a qual poderiam ser decididas e postas em marcha novas formas de protesto. Nos dez dias de greve, deverão ser afetados cerca de três mil voos e 300 mil passageiros.

A paralisação dos pilotos, que afeta em especial as operações da TAP e a Portugália, está em curso até domingo e baseia-se na argumentação de que o Governo não está a cumprir dois acordos, assinados com os pilotos em 1999 e em dezembro de 2014.

O primeiro conferia aos pilotos uma participação de até 20 por cento da TAP em caso de privatização, em troca de atualização dos salários, mas o Governo diz atualmente que a pretensão não tem qualquer validade, remetendo para um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, que dá aquela pretensão como prescrita.

O segundo acordo juntou nove sindicatos, em dezembro passado, mas o SPAC diz que o Governo não pretende cumpri-lo, o que é manifesto pelo facto de não ter incluído sanções ao incumprimento no caderno de encargos da privatização. Neste ponto, o mais polémico é a reposição das diuturnidades (subsídio de senioridade), congeladas sucessivamente desde o Orçamento de Estado para 2011.

O primeiro dia de greve ficou marcado ainda por uma reunião do Governo com o presidente da TAP, Fernando Pinto. No final da reunião, o ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou aos jornalistas que já não havia "nada para negociar" com os pilotos.
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