Quarenta e cinco feridos em ataque noturno russo com mísseis contra Kiev

por Lusa
O ataque dos mísseis russos a Kiev fez 45 feridos Gleb Garanich - Reuters

Quarenta e cinco pessoas ficaram feridas, em Kiev, na última madrugada, num ataque de mísseis disparados pela Rússia, e vários edifícios ficaram danificados, disse o presidente da câmara.

Uma série de fortes explosões foi ouvida em Kiev por volta da 1h00 em Lisboa, quando as defesas aéreas da cidade foram ativadas pela segunda vez no espaço de uma semana.

O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, disse na plataforma de mensagens Telegram que destroços de mísseis intercetados caíram no distrito oriental de Dniprovskyi, ferindo 45 pessoas.

Klitschko acrescentou que 18 pessoas foram hospitalizadas, enquanto 27 pessoas receberam tratamento médico no local.

O ataque causou incêndios num prédio de apartamentos, uma casa particular e vários automóveis e estilhaçou as janelas de um hospital pediátrico, disse.

A queda de destroços de mísseis também danificou o sistema de abastecimento de água do distrito de Dniprovskyi.

Na segunda-feira, um ataque russo com mísseis destruiu várias casas nos arredores de Kiev e deixou mais de 100 famílias temporariamente sem eletricidade.

Biden tenta aprovar um novo apoio

O ataque desta madrugada ocorreu numa altura em que o Ppesidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reunia na Casa Branca com o líder dos Estados Unidos, Joe Biden.

Durante o encontro, Biden anunciou que aprovou 200 milhões de dólares (mais de 185 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia.

O Congresso dos Estados Unidos está a bloquear um pacote de mais de 106 mil milhões de dólares (98,3 mil milhões de euros), que inclui fundos para a Ucrânia e para Israel.

Os EUA são atualmente o maior fornecedor de apoio militar a Kiev, com apoios aprovados no valor de mais de 110 mil milhões de dólares (102 mil milhões de euros) desde a invasão por parte da Rússia, em fevereiro de 2022.

No encontro com Zelensky, o presidente norte-americano avisou ainda que o líder russo, Vladimir Putin, quer atacar novamente as centrais elétricas da Ucrânia, para agravar a situação durante o inverno.

A provedora de telecomunicações ucraniana Kyivstar, que tem mais de 24 milhões de clientes móveis em todo o país, disse que os serviços foram interrompidos na terça-feira por um "ataque informático poderoso".

O mesmo ataque também interrompeu o sistema de alerta de ataques aéreos em parte da região de Kiev, admitiu o chefe da administração regional de Kiev, Ruslan Kravchenko.

 

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