Portugal não vai enviar navio para apoiar flotilha que segue para Gaza

Portugal não vai enviar nenhum navio para apoiar a frota de ajuda humanitária, que seguiu para Gaza. Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros esclareceu que não está prevista nenhuma medida extraordinária.

RTP /

Foto: Stefanos Rapanis - Reuters

"A mim preocupa-me, que havendo agora uma alternativa que é viável de se fazer chegar a dita ajuda humanitária, que se estejam a correr riscos, que obviamente são riscos grandes", afirmou o governante.

Segundo Paulo Rangel, "os riscos são conhecidos, as pessoas estão conscientes deles. (...) e conhecendo os riscos todos, as pessoas devem atuar com responsabilidade".

O ministro frisou que as autoridades italianas conseguiram um acordo de mediação com as autoridades israelitas e com a Igreja Católica, através do qual a ajuda humanitária carregada pela flotilha poderá ser deixada em Chipre e, posteriormente, ser carregada para Gaza pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.

"Portanto, essa é uma solução, que é fazer chegar a Gaza a ajuda humanitária dessa maneira, não correndo outros riscos. Este é um aconselhamento, uma recomendação das autoridades italianas, que estão disponíveis para dar aos cidadãos portugueses, mas, por exemplo, também aos cidadãos belgas, o apoio humanitário consular que seja necessário", disse à Lusa Paulo Rangel, em Nova Iorque.

A Flotilha Global Sumud é composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, incluindo três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
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