Mundo
Guerra no Médio Oriente
"Propaganda israelita". Hamas rejeita alegação dos EUA sobre violação do cessar-fogo em Gaza
O Hamas rejeitou este domingo uma declaração do Departamento de Estado dos Estados Unidos na qual citava "relatórios confiáveis" que indicavam que o grupo militar palestiniano estaria a preparar-se para violar o acordo de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. O Hamas afirmou que tais afirmações são falsas e acusou Washington de estar a "alinhar-se com a propaganda israelita".
Na noite de sábado, em Washington, o Departamento de Estado afirmou ter recebido "relatórios credíveis” que apontavam para uma “violação iminente” do cessar-fogo por parte do Hamas contra o povo de Gaza.
O Departamento de Estado afirmou que o ataque planeado contra civis palestinianos seria uma "violação direta e grave do acordo de cessar-fogo" e avisou que caso o Hamas prosseguisse com esse ataque, seriam “tomadas medidas para proteger o povo de Gaza e preservar a integridade do cessar-fogo”.
Este domingo, o grupo palestiniano rejeitou a existência de qualquer plano de ataque iminente ou de uma violação do cessar-fogo e pediu ao Governo norte-americano para que “pare de repetir a propaganda enganosa” de Israel.
“Os factos no terreno revelam exatamente o oposto, já que as autoridades de ocupação são as que formaram, armaram e financiaram gangues criminosos que realizaram assassinatos, sequestros, roubos de camiões de ajuda humanitária e agressões contra civis palestinianos”, argumentou o Hamas.
O governo israelita e o Hamas têm trocado acusações sobre as violações do cessar-fogo mediado pelos EUA. No sábado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que a passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá encerrada até novo aviso.
A reabertura desta passagem estava prevista para este domingo, mas Telavive adiou e fez depender a reabertura da entrega dos corpos dos restantes reféns.
Mais dois corpos entregues pelo Hamas
Entretanto, o Hamas entregou este domingo mais dois corpos de reféns israelitas mortos na Faixa de Gaza e um deles já foi identificado pelas autoridades israelitas.
Trata-se de Ronen Engel, de 54 anos, que vivia no Kibbutz Nir Oz, no sul de Gaza. Engel tinha sido raptado no ataque de 7 de outubro de 2023 com a mulher e dois filhos. A família tinha sido libertada no primeiro acordo de troca de reféns.
O seu corpo foi transportado para a Faixa de Gaza e a sua morte foi anunciada por Israel a 1 de dezembro de 2023.
O Exército israelita adiantou ter "informado a família do refém Ronen Engel" sobre o regresso dos seus restos mortais a Israel, declaração confirmada num comunicado do gabinete de Netanyahu.
Para além de Engel, um segundo corpo foi entregue pela Cruz Vermelha Internacional às forças de segurança israelitas em Gaza no sábado à noite, antes de serem transferidos para um centro forense para identificação. As autoridades israelitas ainda não anunciaram a identidade do outro cadáver.
Segundo os termos do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor a 10 de outubro, após dois anos de guerra que devastaram a Faixa de Gaza, o Hamas estava obrigado a libertar todos os reféns, vivos e mortos, que ainda mantinha em seu poder até 13 de outubro.
O movimento islamita palestiniano libertou os últimos 20 reféns vivos a tempo, mas ainda só devolveu 12 dos 28 corpos que mantinha em seu poder, alegando que não tem acesso aos outros ou é demasiado complicado para os recursos que tem disponíveis.
c/agências
O Departamento de Estado afirmou que o ataque planeado contra civis palestinianos seria uma "violação direta e grave do acordo de cessar-fogo" e avisou que caso o Hamas prosseguisse com esse ataque, seriam “tomadas medidas para proteger o povo de Gaza e preservar a integridade do cessar-fogo”.
Este domingo, o grupo palestiniano rejeitou a existência de qualquer plano de ataque iminente ou de uma violação do cessar-fogo e pediu ao Governo norte-americano para que “pare de repetir a propaganda enganosa” de Israel.
“Os factos no terreno revelam exatamente o oposto, já que as autoridades de ocupação são as que formaram, armaram e financiaram gangues criminosos que realizaram assassinatos, sequestros, roubos de camiões de ajuda humanitária e agressões contra civis palestinianos”, argumentou o Hamas.
O governo israelita e o Hamas têm trocado acusações sobre as violações do cessar-fogo mediado pelos EUA. No sábado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que a passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá encerrada até novo aviso.
A reabertura desta passagem estava prevista para este domingo, mas Telavive adiou e fez depender a reabertura da entrega dos corpos dos restantes reféns.
Mais dois corpos entregues pelo Hamas
Entretanto, o Hamas entregou este domingo mais dois corpos de reféns israelitas mortos na Faixa de Gaza e um deles já foi identificado pelas autoridades israelitas.
Trata-se de Ronen Engel, de 54 anos, que vivia no Kibbutz Nir Oz, no sul de Gaza. Engel tinha sido raptado no ataque de 7 de outubro de 2023 com a mulher e dois filhos. A família tinha sido libertada no primeiro acordo de troca de reféns.
O seu corpo foi transportado para a Faixa de Gaza e a sua morte foi anunciada por Israel a 1 de dezembro de 2023.
O Exército israelita adiantou ter "informado a família do refém Ronen Engel" sobre o regresso dos seus restos mortais a Israel, declaração confirmada num comunicado do gabinete de Netanyahu.
Para além de Engel, um segundo corpo foi entregue pela Cruz Vermelha Internacional às forças de segurança israelitas em Gaza no sábado à noite, antes de serem transferidos para um centro forense para identificação. As autoridades israelitas ainda não anunciaram a identidade do outro cadáver.
Segundo os termos do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor a 10 de outubro, após dois anos de guerra que devastaram a Faixa de Gaza, o Hamas estava obrigado a libertar todos os reféns, vivos e mortos, que ainda mantinha em seu poder até 13 de outubro.
O movimento islamita palestiniano libertou os últimos 20 reféns vivos a tempo, mas ainda só devolveu 12 dos 28 corpos que mantinha em seu poder, alegando que não tem acesso aos outros ou é demasiado complicado para os recursos que tem disponíveis.
c/agências