Protestos estudantis pró-Palestina em Valência ocupam interior de faculdade
O movimento estudantil contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza acampado desde segunda-feira em frente à Faculdade de Filosofia da Universidade de Valência (UV) decidiu ocupar o interior do edifício por considerar ter sido ignorado pelas instituições.
Os membros do acampamento universitário de protesto pró-Palestina decidiram "agir e dar um passo em frente, entrando no interior da Faculdade de Filosofia, "apesar da recusa e da tentativa de chamada das forças policiais por parte do reitor".
Os membros do movimento garantem que não irão dar "qualquer passo atrás" nas suas reivindicações e irão continuar a avançar com ações até que todas as suas reivindicações sejam atendidas.
O acampamento, que faz parte do movimento social BDS País Valencià, exige o "fim do genocídio em Gaza", mas também a cessação dos acordos entre universidades e instituições com qualquer empresa ou organização em Israel que financie o que denuncia como "apartheid".
Da mesma forma, a iniciativa exige das universidades uma declaração que vá além da equidistância, qualificando o que aconteceu "não como um conflito ou guerra, mas como um genocídio".
O movimento estudantil contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza que começou há cerca de duas semanas nos `campus` norte-americanos continua a espalhar-se pelo mundo.
Perto de 2.300 jovens já foram detidos nos protestos nos EUA, que fazem lembrar a contestação à guerra do Vietname, no final da década de 1960.
Do Canadá à Austrália, passando pela Europa, estudantes de vários países têm aderido à contestação.