Maria Flor Pedroso entrevista Carlos César

por Antena 1

Foto: Antena1

Presidente do PS considera que, por vezes, quando ouve alguns representantes de confederações patronais e centrais sindicais, não se tem a certeza que estejam a representar de facto a opinião dos empresários e dos trabalhadores.



Carlos César considera que há um problema em Portugal "de regulação, de interlocução social". O Presidente e líder parlamentar do PS entende que, por vezes, quando ouve alguns representantes de confederações patronais e centrais sindicais não se tem a certeza que estejam a representar de facto a opinião dos empresários. Para César, o mesmo acontece com os líderes das centrais sindicais e dos sindicatos. Exemplifica com a Autoeuropa "na maior parte dos casos, eles são objeto de tentativa por parte das centrais sindicais na tentativa de os absorver". Para o líder parlamentar do PS isto "dificulta muito a negociação em Portugal porque nem sempre um acordo entre o Governo e um Sindicato corresponde rigorosamente a um acordo com os respetivos públicos".

Sobre a lei de financiamento dos partidos, aprovada esta sexta-feira no parlamento, Carlos César não vê razões para que seja agora vetada pelo Presidente da República.

Sobre os entendimentos com o PSD, "em áreas não marcadas ideologicamente" como a descentralização e os fundos europeus Carlos César deixou a garantia de que o PS não fará qualquer acordo que ponha em causa a atual solução governativa. "Não estamos a trabalhar com o PSD em áreas de risco para a unidade dos partidos que apoiam o Governo". Exemplifica com a Segurança Social "abalaria muito a nossa a relação à Esquerda, mas também o próprio PS".

César vê a Direita a disputar a liderança da Oposição, "parece ser essa a maior ambição de ambos os partidos, depois de eles se entenderem, se calhar, falarão connosco". César diretamente acusa o CDS de "colonizar" o PSD.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Maria Flor Pedroso a Carlos César:

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