Conselho de Redacção do Público reprova director-adjunto

por RTP
Hugo Correia, Reuters

O Conselho de Redacção do Público fez saber em comunicado à redacção o seu parecer negativo à entrada de Diogo Queiroz de Andrade na direcção do jornal por se tratar de uma contratação “através de prestação de serviço com uma empresa que possui no seu objecto actividades incompatíveis com o exercício do jornalismo”, acrescentando condicionamentos com “revalidação da carteira profissional”.

O Conselho de Redacção deu conhecimento desta posição face à ausência de uma comunicação aos restantes jornalistas do Público após parecer entregue à Administração.

Chamado a pronunciar-se sobre algumas entradas na direcção do jornal de novos directores, a 28 de Junho o CR do Público entendeu dar parecer positivo a “David Dinis como director”, entendendo que “o jornalista reúne as condições necessárias ao nível da experiência e das qualificações profissionais para exercer o cargo”.

A mesma decisão foi tomada a 26 de Setembro em relação à nomeação de dois outros elementos da direcção do jornal: Tiago Luz Pedro e Vítor Costa, por “entender que ambos reúnem todas as condições profissionais para exercerem o cargo de directores adjuntos”.

Já Diogo Queiroz de Andrade mereceu “parecer negativo”. Sem razões para objectar quanto “ao seu perfil”, o CR fez saber que “uma maioria dos seus elementos entende que a contratação de um director não pode ser feita através de uma prestação de serviço, ainda mais com uma empresa que possui no seu objecto actividades que são incompatíveis com o exercício do jornalismo”.

Acrescenta o CR que “teria sempre de condicionar o parecer [relativo à contratação de Diogo Queiroz de Andrade] à revalidação da carteira profissional de jornalista por parte deste director adjunto”.
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