Previsões de rajadas de vento próximas dos 155 quilómetros por hora e agitação marítima levaram o Instituto Português do Mar e da Atmosfera a colocar esta quinta-feira os grupos central e ocidental dos Açores sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro. A Proteção Civil está de “sobreaviso” e os bombeiros “em prevenção”.
Para sexta-feira e sábado estão previstos “aguaceiros, por vezes fortes nas regiões norte e centro, que podem ser de granizo e acompanhados de trovoada, assim como uma descida de temperatura”.
Naquelas ilhas são esperadas ondas do quadrante oeste com dez a 12 metros de altura, podendo algumas chegar aos 20 ou 25 metros. Os dois grupos vão também permanecer sob aviso amarelo para chuva até às 18h00 de hoje.
A meteorologia prevê a formação de uma depressão a noroeste do grupo ocidental do arquipélago, que deverá desenvolver-se “rapidamente” e avançar no sentido nordeste ao longo dos próximos dias, podendo mesmo “afetar o norte da Península Ibérica, incluindo parte de Portugal continental”.
A partir da próxima noite haverá também uma descida “acentuada” da temperatura em todas as ilhas açorianas, o que, segundo os técnicos do IPMA, “poderá dar lugar a precipitação sob a forma de granizo e/ou saraiva e até de neve nas ilhas com cotas superiores a 950 metros”.
“A operação está preparada”
Ouvido pela agência Lusa, o serviço da Proteção Civil dos Açores adiantou que as estruturas de socorro se encontram de “sobreaviso”. E deixou algumas recomendações à população: fechar portas e janelas, ter em atenção a existência de estruturas soltas perto das residências e evitar a circulação em zonas costeiras e ribeirinhas.
A Proteção Civil afiança que “a operação está preparada”. Os alertas do Instituto do Mar e da Atmosfera, indicou fonte da estrutura coordenadora citada pela Lusa, “já foram emitidos no serviço” açoriano. E “os bombeiros da região fizeram o reforço de pessoal”.
“Todas as autoridades de socorro estão preparadas. Agora é esperar, não há mais nada que possamos fazer”, reforçou a mesma fonte.
“O melhor sítio para a população ficar é dentro das suas casas. Se todos respeitarem as ordens das autoridades não haverá problemas de maior”, estimou.
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