África do Sul. Condenado a prisão perpétua homem que violou e matou jovem de 19 anos

por RTP

Luyanda Botha foi condenado com três sentenças de prisão perpétua, depois de admitir ter violado e morto Uyinene Mrwetyana, uma jovem de 19 anos, num posto de correios, na capital sul-africana. O ministro da Justiça Ronald Lamola diz que esta sentença "envia uma forte mensagem contra a violência contra as mulheres".

No passado mês de agosto, Uyinene Mrwetyana, uma jovem estudante de cinema, foi atraída para um posto de correios, na Cidade do Cabo, na África do Sul, por Luyanda Botha, um trabalhador do mesmo posto de correios.

Mrwetyana foi violada duas vezes por Luyanda Botha, e espancada até à morte, diz o site de notícias sul-africano, News24.

Segundo a acusação, após o homicídio, Botha escondeu o corpo da jovem no posto de correios e posteriormente levou-o para outro local, onde queimou o cadáver.

A jovem esteve desaparecida uma semana.

O homicídio de Uyinene Mrwetyana gerou uma onda de protestos na capital do país, contra a violência exercida nas mulheres.

Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, declara que é urgente que existam medidas para combater a violência e compara os números sul-africanos com os números de um país em guerra.

Num comunicado, o ministro da Polícia, Bheki Cele, diz que reverter a tendência crescente de assassinatos, nos últimos seis anos é “uma tarefa muito difícil, mas é exequível”.

No último ano, cerca de 2.700 mulheres foram mortas por homens e foram reportadas 100 violações diárias. As agressões sexuais aumentaram 9,6 por cento e as violações aumentaram 3,9 por cento.

Na África do Sul, uma em cada cinco mulheres são agredidas pelos maridos. São reportados mais de 40.000 casos de violações todos os anos, sendo a maioria das vítimas mulheres.

A violência contra as mulheres, na África do Sul, é cinco vezes maior do que a média mundial.
Tópicos
pub