Anel de Fogo está ativo mas cientistas dizem que é normal

O Anel de Fogo é constituído por uma série de vulcões, áreas sísmicas e placas tectónicas em redor do Pacífico. As Nações Unidas avisaram que o fenómeno está ativo, mas os cientistas consideram que não existem motivos para preocupação.

RTP /
O chamado Anel de Fogo engloba uma área no Pacífico com vulcões, áreas sísmicas e placas tectónicas Reuters

Na semana passada, dezenas de milhares de pessoas tiveram as suas vidas afetadas por um terramoto no Alasca, uma avalanche e uma erupção vulcânica no Japão e uma corrente de lava nas Filipinas.

Tudo num intervalo de poucos dias. Os fenómenos naturais levaram o departamento das Nações Unidas para a redução de riscos de catástrofes, a enviar um tweet a informar que o anel de fogo estava “ativo”.
Existem motivos para preocupação?
O chamado Anel de Fogo engloba uma área no Pacífico com vulcões, áreas sísmicas e placas tectónicas. O anel estende-se por 40 mil quilómetros, desde o extremo da América do Sul até à Nova Zelândia.

Cerca de 90 por cento dos sismos ocorrem ao longo desta área, onde estão 75 por cento dos vulcões que se encontram ativos no planeta.

O professor Chris Elders, especialista em geologia da Universidade de Curtin na Austrália, diz que a atividade recente é inteiramente normal.

“Não há nada incomum (…) Os fenómenos ocorreram ao mesmo tempo em diferentes partes da região mas não há necessariamente uma relação entre eles”, afirmou o professor à BBC.

A mesma opinião tem Janine Krippner, uma vulcanologista da Nova Zelândia que trabalha nos Estados Unidos.

Certo é que a atividade tectónica e vulcânica acontece na região há centenas de milhares de anos.
Fenómenos seguidos geram alerta
Esta semana, um terramoto de 7.9 na escala de Richter atingiu a costa do Alasca. O sismo desencadeou um alerta de tsunami para as áreas costeiras do Alasca e da Colúmbia britânica no Canadá.

No mesmo dia, um soldado morreu e 11 pessoas ficaram feridas devido a uma avalanche no centro do Japão que pode ter sido desencadeada por uma erupção vulcânica.

Imagem: Serviço Geológico dos EUA.

O vulcão Moto-Shirane que faz parte do Monte Kusastsu-Shirane, entrou em atividade depois ter estado 3.000 anos adormecido.

Pode parecer um longo período mas é apenas um episódio na sua existência de dezenas de milhares de anos.
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