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Angola inaugura depósito de vacinas e arranca com campanha de vacinação

por Lusa

 A ministra da Saúde angolana inaugurou hoje o depósito central de vacinas de Angola, no dia em que chegou ao país o primeiro lote de vacinas contra a covid-19 e foram vacinados os primeiros angolanos contra a doença.

Silvia Lutucuta, que inaugurou o primeiro depósito de vacinas de Angola na Central de Compras de Medicamentos e Meios Técnicos (Cecoma), salientou que este é um pilar fundamental no caminho para reduzir ao mínimo o risco de propagação da doença.

As primeiras vacinas, que chegaram ao Aeroporto Internacional de Luanda hoje de manhã, começaram já a ser administradas a um grupo selecionado de 50 pessoas, incluindo profissionais de saúde, órgãos de defesa e segurança e doentes com comorbilidades.

A ministra da Saúde salientou que a pandemia é um teste de fogo à resistência das nações e à solidariedade dos países, da coordenação das ações de resposta e da resistência dos sistemas de saúde, acrescentando que o rápido desenvolvimento da produção de vacinas seguras abriu a possibilidade de prevenir esta doença através da vacinação.

No entanto, lembrou, "a grande competição mundial pelas mesmas e baixa capacidade de produção criaram dificuldades difíceis de ultrapassar, principalmente para os países em desenvolvimento".

Para garantir o acesso justo e equitativa aos países de médio e baixo rendimento foi criada em abril de 2020 a iniciativa Covax, mecanismo a que Angola aderiu em julho de 2020 e ao abrigo do qual recebeu hoje as primeiras doses de vacinas, sem custos.

As primeiras 624 mil doses que chegaram hoje a Luanda fazem parte de um lote de 2 milhões e 172 mil doses que devem chegar ao país até ao final de maio deste ano, adiantou a responsável da Saúde.

"Esperamos receber, até ao final de junho, 6,4 milhões de doses desta vacina e outras que estiverem disponíveis, o que permitirá cobrir as necessidades da primeira etapa do plano de vacinação da covid-19 do Ministério da Saúde cobrindo 20% da população nacional", declarou.

Nesta etapa, o objetivo é vacinar primeiro as pessoas mais expostas incluindo pessoal de saúde, professores, forças de defesa e segurança, pessoas com comorbilidades e idade avançada e população a partir dos 40 anos.

Na segunda etapa, que cobre 10,4 milhões de pessoas, o executivo angolano em parceria com organismos internacionais, incluindo a União Africana e governos amigos "está a trabalhar para assegurar a disponibilidade suficiente de vacinas para garantir a proteção deste grupo", sublinhou Sílvia Lutucuta.

O primeiro lote de 624 mil vacinas da Astrazeneca/Oxford, da iniciativa Covax foi recebido no Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro por membros dos executivo angolano, entre as quais a ministra da Saúde, bem como vários parceiros incluindo representantes das Nações Unidas, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da delegação da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde (OMS), estando também presente a embaixadora da Índia em Angola.

As vacinas foram produzidas no Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas.

As vacinas da AstraZeneca/Oxford aprovadas pela OMS, foram também o principal meio usado para o controlo da pandemia no Reino Unido, completou a ministra da Saúde.

Angola registou até segunda-feira um total de 20.807 casos positivos de covid-19, dos quais 508 óbitos, tendo recuperado 19.322 pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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