Angolanos estão a eleger o sucessor de Eduardo dos Santos

por RTP

Foto: Joost de Raeymaeker - EPA

Mais de nove milhões de angolanos estão esta quarta-feira a votar. Descontados alguns atrasos, tudo parece decorrer com normalidade e debaixo do olhar de observadores internacionais.

É a primeira vez que os angolanos não têm o líder histórico do MPLA, José Eduardo dos Santos, como opção de voto. Para João Lourenço, o candidato do Movimento Popular de Libertação de Angola, o que está em causa é uma mudança de ciclo dentro da mesma família política.São seis os partidos que vão a votos e esta quarta-feira há tolerância de ponto.


À luz das contas das sondagens, só uma coligação pós-eleitoral entre os dois maiores partidos da oposição, UNITA e CASA-CE, poderia aspirar a tirar a maioria ao partido do regime.

Nas mesas de voto estão presentes os delegados de todas as forças políticas, algo que a oposição temia que pudesse não acontecer. O sufrágio conta também com a presença de 1200 observadores nacionais e 200 internacionais.

Desde a mudança da Constituição, em 2010, que há eleições a cada cinco anos e são eleitos 220 deputados.

O novo Presidente da República será o cabeça-de-lista do partido político ou coligação de partidos mais votados no círculo nacional.

Estas são as quartas eleições desde a independência de Angola. Concorrem o MPLA, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o Partido de Renovação Social, a Frente Nacional de Libertação de Angola e Aliança Patriótica Nacional.

A Comissão Nacional Eleitoral do país constituiu 12.512 assembleias de voto, que somam 25.873 mesas de voto. O escrutínio está centralizado nas capitais de província e em Luanda.

Dos cadernos eleitorais constam 9.317.294 eleitores.
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