O governo brasileiro declarou, na quinta-feira, ter sido surpreendido com a decisão da Arábia Saudita de suspender "11 estabelecimentos exportadores de carne de aves".
Num comunicado conjunto, as tutelas disseram que, até ao momento, apenas o Brasil foi objeto de atualização da lista de exportadores de carne de aves e que, caso a situação não seja devidamente resolvida, o caso poderá ser levado à Organização Mundial do Comércio (OMC).
"O Brasil reitera os elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda a nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial. Há confiança de que todos os requisitos sanitários estabelecidos por mercados de destino são integralmente cumpridos", acrescentou.
Os Ministérios adiantaram que o executivo brasileiro iniciou contactos com as autoridades da Arábia Saudita e com a embaixada do país em Brasília para esclarecer o episódio.
"Todas as vias bilaterais e multilaterais serão empregues com vistas à pronta resolução da questão. Caso se comprove a interposição de barreira indevida ao comércio, o Brasil poderá levar o caso à Organização Mundial do Comércio", concluiu.
De acordo com dados do Ministério da Economia brasileiro, as carnes de aves, com destaque para frango fresco, refrigerado ou congelado, lideram a lista de exportações para a Arábia Saudita, com uma participação de 38% do total.