A ministra argentina dos Negócios Estrangeiros escreveu na rede social X que o governo de Buenos Aires reconhece a vitória presidencial de Edmundo González nas eleições venezuelanas.
Diana Mondino escreve que “todos podemos confirmar sem sombra de dúvida que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González”.
No mesmo sentido surge a reação do Uruguai, também na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros escreveu “com base em evidências contundentes, está claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela”.
“Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada”, escreveu o ministro Omar Paganini.
O Uruguai é um dos sete países que viram os seus diplomatas serem expulsos pelo governo de Nicolás Maduro por não terem reconhecido a viória e por apelarem a um processo de verificação de votos.
A Argentina também viu o seu pessoal diplomático ser expulso de Caracas. Na embaixada argentina também estavam, desde 20 de março, seis venezuelanos asilados, membros do comité de campanha da líder opositora María Corina Machado, e que eram perseguidos pela polícia de Maduro.
Uruguai e Argentina mais dois países que reconhecem a vitória do candidato da oposição venezuelana Edmundo González, apesar de Nicolás Maduro ter sido declarado vencedor pelo Conselho eleitoral, após uma contagem de votos contestada na Venezuela e fora do país.
Antes da Argentina e do Uruguai, Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, através de comunicado, já tinha sublinhado “evidências indiscutíveis” de uma vitória do candidato da oposição venezuelana. Em reação aos comentários de Blinken, Nicolás Maduro diz aos Estados Unidos que “tirem o nariz da Venezuela”.
No entanto, o primeiro país a reconhecer a vitória de Edmundo González foi o Peru que levou Caracas a romper relações diplomáticas com Lima.
Nicolás Maduro está no poder há 11 anos e garante ter sido reeleito para um terceiro mandato depois das eleições de domingo, 28 de julho. A oposição venezuelana denunciou uma “fraude massiva”.