Armas para a Rússia. EUA procuram apoio de aliados para impor sanções à China

por Inês Moreira Santos - RTP
Reuters

Em manifesta preocupação quanto ao eventual apoio militar da China à Rússia, os Estados Unidos começaram a sondar os aliados para a possibilidade de vir a impor sanções a Pequim. A notícia é avançada esta quinta-feira pela Reuters.

De acordo com fontes norte-americanas, citadas pela agência, as consultas ainda estão em fase preliminar, mas Washington pretende assegurar o apoio de vários países, nomeadamente do G7. Se Pequim fornecer armamento a Moscovo, apoiando a ofensiva russa na Ucrânia, os EUA equacionam impor novas sanções à China. Não é detalhado, contudo, que sanções a Casa Branca irá propor.

Recorde-se que os EUA e os aliados afirmaram, nas últimas semanas, que a China podia estar a considerar fornecer armas e apoio militar à Rússia, embora o Governo chinês rejeite tais alegações.

Citando fontes próximas da Administração Biden, a Reuters indica que os EUA estão a preparar uma possível ação contra a China com o apoio dos países que se juntaram às sanções à Rússia no ano passado, quando o Kremlin ordenou a invasão à Ucrânia.

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca admitiu que o conflito russo-ucraniano também dificultou a relação da China com a Europa e outros países.

“É uma distração para a China e um potencial golpe para as suas relações internacionais, o que [Pequim] não precisava nem deveria querer”, declarou à Reuters.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, desloca-se esta quinta-feira a Washington para abordar com Joe Biden a "situação na Ucrânia". Espera-se, por isso, que também a possível intervenção chinesa seja discutida entre os dois chefes de Estado.
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