Irão rejeita negociações de cessar-fogo enquanto estiver sob ataque israelita
"Os iranianos informaram os mediadores do Catar e de Omã que só procurarão negociações sérias quando o Irão tiver completado a sua resposta aos ataques preventivos israelitas", disse o funcionário, citado pela agência Reuters.
Teerão deixou "claro que não negociará enquanto estiver sob ataque", reiterou.
França não participou em nenhuma das "operações defensivas" de Israel porque "não lhe foi pedido"
Em abril de 2024 França intercetou, a partir de uma base na Jordânia, mísseis e drones iranianos que se destinavam a Israel. No entanto, desde o início do bloqueio humanitário de Israel a Gaza as relações entre Paris e Telavive têm vindo a deteriorar-se.
Ataques israelitas mataram pelo menos 224 pessoas no Irão desde sexta-feira
Chefe dos serviços secretos da Guarda Revolucionária do Irão morto em ataque israelita
Presidente da Comissão Europeia falou com Netanyahu
Just spoke with Prime Minister @netanyahu.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 15, 2025
We are following developments in the Middle East with deep concern.
I reiterated our commitment to peace, stability, and diplomatic efforts leading to de-escalation.
In this context, I underlined that Israel has the right to defend…
"A Europa sempre foi clara: o Irão nunca poderá adquirir uma arma nuclear. Há uma necessidade urgente de uma solução negociada", escreveu.
Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se na terça-feira
"Dada a gravidade da situação no Médio Oriente", os 27 são convidados a coordenar os seus esforços para "reduzir as tensões", afirmou o responsável. A reunião de terça-feira realizar-se-á por videoconferência.
Israel dá ataque iraniano por terminado
Forças Armadas do Irão avisam israelitas para não permanecerem ou viajarem perto de "áreas vitais"
O Irão disse aos residentes de Israel para deixarem as proximidades de "áreas vitais" para sua segurança, numa declaração em vídeo transmitida pela televisão estatal.
"Temos uma base de dados de áreas vitais e críticas nos territórios ocupados por Israel e apelamos a que não deixem que o regime brutal vos use como escudos humanos. Não permaneçam nem viajem perto destas zonas críticas", disse um porta-voz das Forças Armadas.
Israel "destruiu a principal instalação" da central nuclear de Natanz
"Destruímos as principais instalações de Natanz. É a principal instalação de enriquecimento (de urânio)", disse Netanyahu.
A Agência Internacional da Energia Atómica tinha já avançado na sexta-feira que a parte acima do solo da instalação piloto de enriquecimento de urânio de Natanz foi destruída pelos ataques israelitas.
Cinco mortos em Teerão após ataque israelita a edifício residencial
"A área é densamente povoada e há uma grande probabilidade de um grande número de mortos e feridos", acrescentou a estação. Um jornalista da AFP no local relatou "duas explosões" com alguns minutos de intervalo, perto do Ministério das Comunicações do Irão.
Turquia pronta para desempenhar papel de facilitador
Erdogan saudou a última declaração de Trump sobre uma possível paz entre Telavive e Teerão e instou-o a tomar medidas imediatas para evitar um desastre "que poderia incendiar a região".
Netanyahu diz ter informado Trump antes dos ataques
Benjamin Netanyahu declarou ainda que a mudança de regime no Irão pode ser resultado dos ataques militares de Israel.
Israel atinge avião de reabastecimento aéreo no Irão
Dmitriev diz que Moscovo pode desempenhar "papel fundamental"
Catorze cientistas iranianos mortos
Trump promete que teremos paz, "em breve" entre Israel e Irão
"O Irão e Israel devem fazer um acordo, e farão um acordo", disse Trump no Truth Social, acrescentando que "teremos paz em breve", escreveu Trump na sua rede Truth Social.
"Algo assim tinha de acontecer, porque acho que sim, de ambos os lados, mas algo assim tinha de acontecer", disse o presidente. "Poderia ter forçado um acordo a ser concluído mais rapidamente, na verdade."
Trump não deixou claro se o Irão recebeu um prazo para retomar as negociações após o cancelamento da sexta volta, marcada para domingo. "Não, não há um prazo. Mas estão a falar", disse. "Eles gostariam de fechar um acordo. Estão a falar. Continuam a falar", disse.
Israel prolonga estado de emergência até 30 de junho
Comando insta cidadãos de Israel a "permanecer perto" de abrigos
O Comando da Frente Interna faz parte das FDI responsável pela proteção civil.
"A circulação em áreas públicas deve ser minimizada e devem ser evitadas aglomerações. Quando receber um alerta, entre num espaço protegido e aí permaneça até que seja emitida uma atualização oficial", refere o comunicado das FDI.
Nível de alerta reduzido em Israel, população pode abandonar abrigos
Embaixada russa em Teerão estuda evacuação de russos por via terrestre, diz RIA
Sirenes voltam a soar em Jerusalém e Televive
Por volta das 16h05 (13h05 GMT), os jornalistas da AFP receberam uma mensagem de "alerta máximo" nos seus telemóveis do Comando da Frente Interna (Defesa Passiva).
Irão exige que Iraque proíba Israel de usar o seu espaço aéreo e território para ataques
"Insistimos que o Governo iraquiano deve ser mais vigilante e proteger as suas fronteiras e o espaço aéreo para que o território iraquiano não seja utilizado indevidamente contra a República Islâmica do Irão", disse Pezeshkian numa conversa telefónica com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Soudani, de acordo com o site presidencial iraniano.
Alemanha reforça proteção às instituições israelitas e judaicas
"Estamos também a preparar-nos na Alemanha para o caso de o Irão atacar instituições israelitas ou judaicas", declarou o líder alemão antes de partir para a cimeira do G7 no Canadá, no terceiro dia de um conflito sem precedentes entre o Irão e Israel.
Irão. Pelo menos 128 mortos em ataques israelitas na sexta-feira e no sábado
Dos cerca de 900 feridos hospitalizados, cerca de 230 já tiveram alta, acrescentou o porta-voz.
A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
Imprensa iraniana. Explosão abala centro de Teerão
A agência de notícias, juntamente com outros meios de comunicação, partilhou um vídeo filmado no local da explosão, que, segundo a mesma, ocorreu perto da Praça Valiasr, mostrando fumo, destroços e vidros partidos.
Irão alerta Israel para retaliações mais "severas" caso Israel pratique ações hostis
Pezeshkian acrescentou que as Forças Armadas do Irão têm respondido até agora "de forma enérgica e apropriada", segundo o relatório.
Netanyahu. Irão vai pagar "um preço muito alto pelo assassinato premeditado de civis"
"O Irão vai pagar um preço muito elevado pelo assassinato premeditado de civis, mulheres e crianças", disse Netanyahu durante uma visita a Bat Yam, cidade a sul de Telavive atingida por ataques de mísseis no dia anterior, numa mensagem vídeo divulgada pelo seu gabinete.
As salvas de mísseis disparadas pelo Irão na noite de sábado e antes do amanhecer de domingo mataram 10 pessoas e feriram mais de 200 em Israel, segundo os serviços de emergência e a polícia, e causaram danos e destruição.
"Israel tinha absolutamente de realizar esta operação", acrescentou Netanyahu, referindo-se ao ataque sem precedentes lançado desde a manhã de sexta-feira contra instalações militares e nucleares do Irão, com o objectivo declarado de impedir a República Islâmica de obter armas nucleares.
"Vamos alcançar todos os nossos objetivos e eliminar a dupla ameaça existencial", acrescentou durante a sua visita no meio dos escombros em Bat Yam, referindo-se ao programa nuclear do Irão e aos lançamentos de mísseis iranianos em resposta ao ataque israelita.
Em Israel. Portugueses aguardam abertura do espaço aéreo para regressar
Irão "nunca" deverá ter armas nucleares, diz Merz
"A UE sempre foi clara: o Irão nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear", disse a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, numa mensagem nas redes sociais, após ter conversado com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi.
Para a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, "o risco de uma nova escalada na região é perigosamente alto".
"A diplomacia deve prevalecer", instou Kaja Kallas, acrescentando: "Somente a diplomacia pode levar a uma solução duradoura. A UE está pronta para apoiá-la".
Hoje, a França, o Reino Unido e a Alemanha propuseram retomar as negociações nucleares com o Irão, no terceiro dia de conflito armado com Israel.
"A Alemanha, juntamente com a França e o Reino Unido, está pronta. Oferecemos negociações imediatas sobre o programa nuclear. Espero que a oferta seja aceite", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, horas depois de o Presidente da França, Emmanuel Macron, ter falado com o seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para se pronunciar nos mesmos termos.
Os três países europeus faziam parte da antiga delegação 5+1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha) que assinou em 2015 o histórico acordo nuclear com o Irão, no qual o Irão se comprometia a esclarecer as dúvidas sobre a natureza pacífica do programa nuclear em troca da sua reintegração nos mercados internacionais.
O acordo foi invalidado para todos os efeitos após a retirada unilateral ordenada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, três anos depois, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca.
Embora os países europeus tenham manifestado a sua intenção de prosseguir com as negociações, o Irão denunciou que, na realidade, eles se tinham submetido completamente à decisão norte-americana.
Israel atingiu mais de 170 alvos e 720 instalações desde sexta-feira
De acordo com o exército, as aeronaves atingiram a sede do Ministério da Defesa iraniano, um centro de comando relacionado com o projecto nuclear e infra-estruturas adicionais onde o regime iraniano tinha escondido o seu arquivo nuclear.
Os militares informaram ainda que, desde o início da operação, foram atingidos mais de 170 alvos e mais de 720 instalações militares em menos de três dias.
Ouvidas novas explosões em Teerão. Sede da polícia atingida
Segundo o relatório, a câmara municipal anunciou que os residentes podem abrigar-se em mesquitas, estações de metro e escolas em toda a cidade, que permanecerão abertas durante todo o tempo.
"O Comando da Polícia da Grande Teerão foi atingido por um drone inimigo", informou a agência de notícias ISNA, citando um comunicado da polícia. O ataque causou "danos ligeiros" e feriu "vários" polícias, acrescentou.
Israel mantém longa lista de alvos a atingir no Irão
Os alvos incluíam dois depósitos de combustível iranianos de "dupla utilização" que apoiavam operações militares e nucleares, disse.
Disse que também atacaram o chefe de gabinete do grupo iemenita Houthis durante a noite.
Iranianos podem abrigar-se em mesquitas, escolas e metro, diz porta-voz do Governo
" Não há qualquer problema com o fornecimento de alimentos, medicamentos e combustível", acrescentou.
MNE de França. Programa nuclear iraniano é ameaça para Israel e para a Europa
"Neste momento, e dada a natureza e a trajetória dos ataques iranianos contra Israel, os recursos militares franceses não foram mobilizados", disse à rádio RTL.
O responsável frisou, no entanto, que não está em causa qualquer envolvimento francês em ações ofensivas.
"Não é esse o nosso papel", concluiu.
Mais sete oficiais iranianos mortos confirma Teerão
Os oficiais seriam, segundo a mesma fonte, membros da Força Aeroespacial do Irão, estrutura que gere o programa de mísseis e `drones` do país.
De acordo com a Guarda Revolucionária Iraniana, Mahmoud Bagheri, Davood Sheikhiyan, Mohammad Taherpour, Mansour Safarpour, Masoud Tayeb, Khosro Hassani e Javad Jarsora foram mortos na sexta-feira.
Terão morrido num ataque que matou o comandante-chefe da força, o general Amir Ali Hajizadeh.
A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.
França, Alemanha e Reino Unido propõem negociações sobre programa nuclear com Teerão
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, foi encarregado de estender publicamente a mão a Israel, durante uma entrevista à rede ARD.
"A Alemanha, juntamente com a França e o Reino Unido, está pronta. Oferecemos negociações imediatas sobre o programa nuclear. Espero que a oferta seja aceite", afirmou o ministro, horas depois de o Presidente da França, Emmanuel Macron, ter falado com o seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para se pronunciar nos mesmos termos.
Os três países europeus faziam parte da antiga delegação 5+1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha) que assinou em 2015 o histórico acordo nuclear com o Irão, no qual o Irão se comprometia a esclarecer as dúvidas sobre a natureza pacífica do programa nuclear em troca da sua reintegração nos mercados internacionais.
O acordo foi invalidado para todos os efeitos após a retirada unilateral ordenada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, três anos depois, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca.
Embora os países europeus tenham manifestado a sua intenção de prosseguir com as negociações, o Irão denunciou que, na realidade, eles se tinham submetido completamente à decisão norte-americana.
No telefonema com o Presidente iraniano, Macron aproveitou para pedir a libertação de dois franceses detidos no Irão, Cécile Kohler e Jacques Paris, e exigiu ao seu homólogo proteção para as sedes diplomáticas, o pessoal e os cidadãos franceses no país.
"O programa nuclear do Irão é uma grave preocupação e deve ser resolvido através da negociação. Por isso, convidei o Presidente Pezeshkian a regressar rapidamente à mesa das negociações para chegar a um acordo, a única via viável para a desescalada", afirmou Macron numa mensagem publicada na sua conta do X.
"Estamos dispostos a contribuir e a mobilizar todos os nossos esforços para alcançar esse objetivo", acrescentou.
O Irão não se pronunciou sobre esta oferta e, nas últimas horas, denunciou o apoio que a Alemanha deu às operações israelitas: o próprio ministro Wadephul reivindicou o direito de Israel se defender perante a possibilidade de o Irão acabar por fabricar uma arma nuclear, algo que Teerão negou inúmeras vezes.
Numa mensagem publicada na rede X, o porta-voz dos Negócios Estrangeiros de Teerão, Esmail Baqaei, lamentou a posição da Alemanha e apelou à História como exemplo.
"Perguntem aos sobreviventes dos refugiados polacos e franceses que receberam passaportes iranianos para se protegerem de Hitler. Aqueles que estão perpetuamente do lado errado da História, é melhor que agora fiquem em silêncio", concluiu.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou também hoje, durante um encontro com embaixadores estrangeiros em Teerão, que, se Israel cessar os ataques contra território iraniano, Teerão deixará também de bombardear Israel, após mais uma noite de trocas de fogo entre os dois países.
Desde a madrugada de sexta-feira, mais de 100 pessoas terão morrido no Irão devido aos ataques israelitas, entre as quais se incluem altos quadros militares iranianos e cientistas nucleares ligados aos projetos de enriquecimento de urânio do país, mas também vários civis.
MNE de Israel. Ataques vão continuar até serem cumpridos objetivos
"Durante uma conversa esta manhã (...), o ministro Saar afirmou que a operação das Forças de Defesa de Israel (IDF) no Irão irá prosseguir, pois ainda restam alvos significativos por atingir", detalhou o gabinete do ministro israelita em comunicado.
Estas declarações do responsável israelita surgem depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, ter garantido que os ataques a Israel acabarão de imediato caso Telavive também termine com a ofensiva.
Gideon Saar agradeceu a Johann Wadephul o apoio da Alemanha a Israel e sublinhou que os ataques israelitas têm visado infraestruturas militares e nucleares no Irão, enquanto a República Islâmica tem atacado "deliberadamente civis" nos seus bombardeamentos de retaliação.
Nas últimas horas, as forças israelitas continuaram a atacar depósitos e estruturas de lançamento de mísseis no oeste do Irão e abateram pelo menos sete drones que ativaram os alarmes no norte de Israel, informou o exército.
Por sua vez, os bombardeamentos iranianos contra vários pontos de Israel, na madrugada de hoje, provocaram pelo menos 10 mortos e sete desaparecidos, segundo os serviços de emergência israelitas e a polícia.
Na noite anterior, três pessoas tinham morrido em Telavive, elevando para 13 o número total de vítimas mortais desde o início da escalada.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou também hoje, durante um encontro com embaixadores estrangeiros em Teerão, que, se Israel cessar os ataques contra território iraniano, Teerão deixará também de bombardear Israel, após mais uma noite de trocas de fogo entre os dois países.
Desde a madrugada de sexta-feira, mais de 100 pessoas terão morrido no Irão devido aos ataques israelitas, entre as quais se incluem altos quadros militares iranianos e cientistas nucleares ligados aos projetos de enriquecimento de urânio do país, mas também vários civis.
Governo iraniano diz que está a exercer direito legítimo de autodefesa
Araqchi recordou que os ataques israelitas contra as instalações nucleares representam uma violação das Convenções de Genebra e uma "invasão do território iraniano", para não falar das vítimas civis causadas pelos bombardeamentos israelitas que começaram na sexta-feira e que, segundo o Crescente Vermelho iraniano, já fizeram mais de uma centena de mortos e 800 feridos.
O MNE afirmou que o Irão respondeu aos ataques israelitas com base no princípio da defesa territorial, frisando tratar-se de "um direito legítimo de qualquer país, defender-se contra a agressão"
"E foi isso que as nossas forças armadas começaram a fazer há duas noites", disse, acrescentando que o principal alvo do Irão não é a população civil de Israel, mas as suas infraestruturas "militares e económicas".
O ministro lembrou também que o ataque israelita ocorreu no meio de conversações indiretas com os Estados Unidos (que acusou de cumplicidade nos ataques israelitas) sobre o programa nuclear da República Islâmica, o catalisador deste conflito, descrevendo-o como uma manobra para sabotar as negociações.
A suspensão da sexta reunião entre Washington e Teerão, prevista para hoje em Omã, é uma consequência direta da operação de Israel.
"Israel não quer negociações, e um ataque ao Irão no meio destas demonstra a oposição do regime israelita a quaisquer negociações. Isto aconteceu repetidamente em anos anteriores. Sabotou as negociações e os Estados Unidos cederam-lhe", acrescentou Araqchi.
O MNE iraniano afirmou, igualmente, que o ataque de Israel a uma importante instalação de gás nas margens do Golfo tinha como objetivo "expandir a guerra para além" do Irão.
"Alargar o conflito à região do Golfo Pérsico é um grande erro estratégico, provavelmente deliberado, que visa estender a guerra para além do território iraniano", disse Araghchi aos diplomatas estrangeiros, referindo-se ao ataque de sábado à refinaria de South Pars, no sul do país.
O ministro disse também "estar absolutamente convencido" de que o Presidente Donald Trump estava plenamente consciente do plano israelita e disse ter "provas sólidas".
"Examinámos a situação de perto e temos muitas provas de como as forças americanas ajudaram o regime, mas mais importante do que as nossas provas são as declarações de Trump, que expressou claramente o seu apoio em entrevistas e afirmou claramente que os EUA são parceiros nestes ataques e devem assumir a responsabilidade", disse o ministro.
Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira, quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando, desde aí, pelo menos 100 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e 800 feridos, segundo a única contagem oficial de vítimas apresentada até agora pelas autoridades iranianas, que não inclui eventuais novas vítimas de hoje e de sábado.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e incluem instalações nucleares, como as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.
O Irão iniciou a sua retaliação na sexta-feira à noite e realizou, até agora, pelo menos seis ataques com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos, entre os quais duas crianças e dois adolescentes, e 150 feridos.
"Uma manhã muito triste e difícil" lamenta presidente de Israel
Os "ataques criminosos iranianos" mataram e feriram "judeus e árabes, cidadãos israelitas e novos imigrantes, incluindo crianças e idosos, mulheres e homens", disse Herzog.
E acrescenta: "Partilho o profundo luto das famílias e lamento a terrível perda. Rezo pela recuperação dos feridos e pela descoberta dos desaparecidos. Lamentaremos juntos. Superaremos juntos."
Número de mortos em Israel nos ataques da madrugada sobe para 10
Quatro pessoas morreram também nos ataques à cidade árabe de Tamra, no norte do país, de acordo com os serviços de emergência e o hospital local.
Irão reivindica detenção de dois membros da Mossad
As autoridades não comunicaram as suas identidades ou nacionalidades.
Meios de comunicação social norte-americanos, como o Axios, informaram que agentes da Mossad no terreno estiveram envolvidos no início da ofensiva israelita contra o Irão nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, mas Teerão não o confirmou.
Ministério do Petróleo do Irão nega relatos de incidente na refinaria de Isfahan
Refinarias de Haifa danificadas por ataque iraniano
Irão rejeita acordo nuclear que prejudique os seus "direitos"
"Estamos prontos para concluir qualquer acordo que garanta que o Irão não procura armas nucleares", disse Araghchi aos diplomatas estrangeiros, acrescentando que Teerão não aceitaria qualquer acordo que "privasse o Irão dos seus direitos nucleares".
Israel avisa cidadãos iranianos para retirarem caso estejam perto de instalações militares
Português apela governo a enviar avião militar para resgatar cidadãos em Israel
Miguel Jaloto fala igualmente da experiência de viver em constante sobressalto perante a iminência de ataques iranianos e a possibilidade de ser atingido por um míssil ou destroços.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou os israelitas que as operações militares contra o Irão poderão durar até 15 dias.
Netanyahu acusa Irão de pretender fornecer armas nucleares a terroristas
Benjamin Netanyahu referiu, ainda, ter informações de que alguns líderes do regime iraniano já estão a preparar-se para fugir do país.
Diplomacia iraniana garante que ataques terminam se Telavive parar com a ofensiva
O ministro das Relações Exteriores do Irão, Abbas Araghchi, fez esta declaração perante vários diplomatas, em Teerão, na primeira aparição pública desde o início dos ataques israelitas, na sexta-feira.
"Se a agressão acabar, as nossas respostas também acabam", garantiu Araghchi.
Israel ainda não reagiu a esta declaração.
Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira, quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e 320 feridos, segundo a única contagem oficial de vítimas apresentada até agora pelas autoridades iranianas, que não inclui eventuais novas vítimas de hoje e de sábado.
Entre os mortos, contam-se pelo menos oito oficiais superiores, incluindo o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o Comandante-em-Chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e incluem instalações nucleares, como as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.
O Irão iniciou a sua retaliação na sexta-feira à noite e realizou, até agora, pelo menos seis ataques com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 16 mortos e 150 feridos, número já atualizado com os de este último ataque.
Trump ameaça com "força total" em caso de ataque do Irão
O Irão avisou os EUA e os seus aliados para não ajudarem Israel a impedir os ataques de retaliação de Teerão e prometeu retaliar não apenas contra Israel, mas também contra o principal aliado, os Estados Unidos.
Novo balanço de vaga de ataques iranianos aponta para oito mortos
Um balanço inicial dos serviços de emergência e da polícia israelita apontava para cinco mortos e mais de 130 feridos.
O serviço de emergência Magen David Adom (MDA) disse que acorreu a dois locais atingidos por mísseis iranianos: um no centro de Israel e outro nas terras baixas de Shephelah, a oeste de Jerusalém.
No primeiro, os paramédicos do MDA registaram quatro mortes: uma mulher de 69 anos, uma mulher de 80 anos e duas crianças com cerca de 10 anos. Além disso, houve cerca de 100 feridos, incluindo quatro em estado grave.
As autoridades informaram que continuam as buscas por vítimas sob os escombros dos edifícios afetados, um dos quais tinha oito andares, pelo que o número de mortes e feridos pode aumentar.
Nas terras baixas de Shephelah, o Ministério da Defesa informou ter tratado duas pessoas com ferimentos graves, 12 com ferimentos moderados e 23 com ferimentos ligeiros, num total de 37 pessoas afetadas.
A polícia israelita mencionou ainda "dezenas de feridos" e a morte de duas mulheres em Bat Yam, a sul de Telavive, no distrito de Dan, onde dois projécteis iranianos atingiram edifícios, um deles de oito andares.
Esta foi a sexta vaga de ataques lançada pelo Irão em resposta aos três dias de ofensiva do Governo do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu contra o país persa, que começou na sexta-feira.
A quinta vaga de ataques, ocorrida também durante a madrugada, teve impacto na cidade de Tamra, perto de Haifa, no norte do país, onde a polícia israelita confirmou a morte de quatro mulheres, duas delas na casa dos 40 anos, uma na casa dos 20, e uma rapariga de 13 anos.
A sexta vaga de mísseis foi lançada pouco depois da agência de notícias iraniana Tasnim ter afirmado que o Ministério da Defesa, em Teerão, sofreu danos ligeiros devido a bombardeamentos israelitas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram o ataque, que disse estar ligado ao "projeto de armas nucleares do regime iraniano".
O exército israelita disse hoje que continua a atacar o Irão e que, nas últimas horas, atingiu armazéns e estruturas de lançamento de mísseis no oeste da República Islâmica.
As IDF disseram ainda ter intercetado sete drones lançados do Irão em direção ao território israelita.