Austrália alerta viajantes para risco de "prisão arbitrária" na China

por Lusa

O Governo de Camberra avisou hoje os cidadãos australianos que correm risco de "prisão arbitrária" caso se encontrem de visita à República Popular da China. 

O Departamento de Comércio e Negócios Estrangeiros da Austrália lançou um alerta aos viajantes e turistas avisando que na República Popular da China as "autoridades já detiveram estrangeiros porque `puseram em causa a segurança nacional`".

"Os australianos correm também risco de prisões arbitrárias", indica a nota oficial do governo de Camberra. 

Ainda não se conhecem os detalhes sobre o que provocou o aviso, que deverá degradar as relações comerciais bilaterais, que já começaram a tornar-se mais tensas depois de a Austrália pedir uma investigação independente acerca da origem da pandemia de SARS-coV-2 (covid-19) que terá começado em território chinês.

Por outro lado, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison disse na semana passada que o Executivo está a analisar a possibilidade de oferecer proteção aos residentes da Região Administrativa Especial de Hong Kong ameaçados pela nova lei de segurança nacional imposta por Pequim.

A Austrália criticou igualmente a República Popular da China pela acusação de espionagem, em março, do escritor sino-australiano Yang Hengjun conhecido pelos livros sobre espiões.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Zhao Lijian, disse hoje que desconhece o aviso dirigido aos turistas australianos e que Pequim garante a salvaguarda dos direitos aos estrangeiros que visitem o país.

"Desde que os estrangeiros na China ???????acatem as leis e os regulamentos, não é preciso nenhum receio", disse o porta-voz na conferência de imprensa diária em Pequim.

O novo aviso de Camberra não deve afetar as deslocações de australianos à República Popular da China porque anteriormente foram lançados avisos sobre os riscos de contaminação pela covid-19. 

O último relatório anual da Amnistia Internacional refere que Pequim "legalizou as detenções secretas e arbitrárias", em 2019.

O mesmo relatório indica que aumentou o risco de tortura e práticas violentas de interrogatório na República Popular da China.

 

 

 

 

 

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