Benjamin Netanyahu felicita exército após confrontos em Gaza

por RTP
Neanyahu deu o seu parecer sobre o que aconteceu na Faixa de Gaza Reuters

O primeiro-ministro israelita veio este sábado a público felicitar a ação do exército de Israel nos confrontos desta sexta-feira que terminaram com 16 palestinianos mortos. Benjamin Netanyahu realçou que os soldados protegeram “as fronteiras do país” num protesto que deverá durar seis semanas.

Num comunicado, Benjamin Netanyahu congratulou o exército israelita. “Parabéns aos nossos soldados. Israel agiu firmemente e com determinação para proteger a sua soberania e a segurança dos seus cidadãos”.

Foi esta a reação do primeiro-ministro israelita aos confrontos desta sexta-feira na Faixa de Gaza, que resultaram na morte de 16 palestinianos. O Exército de Israel anunciou que foi obrigado a disparar sobre os manifestantes já que foi atacado com pedras e “cocktails molotov” por parte dos protestantes e que os mesmos tentaram forçar a entrada em território israelita.

O Ministério da Saúde palestiniano anunciou que para além das 16 vítimas mortais também foram contabilizados mais de 1400 feridos, revelando que contavam com mais de 700 balas reais. Os palestinianos acusaram Israel de utilizar força desmesurada.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, decretou um dia de luto de nacional acusando exclusivamente Israel pela morte de 16 palestinianos.

Israel garantiu que intensificará a sua resposta se continuarem os protestos violentos junto à fronteira com Gaza, bem como justificou que todas as vítimas mortais estavam a cometer ações violentas durante o protesto.
Treze feridos em mais confrontos
Este sábado ficou marcado por mais confrontos na Faixa de Gaza. O Exército israelita disparou sobre um grupo de jovens palestinianos, ferindo 13 deles. A Faixa de Gaza continua a estar a ferro e fogo depois dos acontecimentos de ontem.

Num grande protesto, organizado pelo Hamas, que exigia o “direito de retorno” dos refugiados palestinianos e denunciar o bloqueio de Gaza, mais de 15 palestinianos morreram em confrontos com soldados israelitas.

Em resultado, Mahmoud Abbas, presidente palestiniano, decretou um dia de luto nacional pelos feridos dos confrontos e que são mais de 1400 pessoas.
União Europeia pede investigação independente
Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, pediu, depois de António Guterres, uma investigação independente sobre o uso de munições reais por parte do Exército de Israel sobre um grupo de protestantes palestinianos, na fronteira com a Faixa de Gaza.

"O uso de munições reais deve ser objeto de uma investigação independente e transparente", afirmou Mogherini, sublinhando que a União Europeia lamenta as mortes e endereça as suas condolências às famílias das vítimas.

"A liberdade de expressão e a liberdade de reunião são direitos fundamentais que devem ser respeitados.

As palavras da chefe da diplomacia europeia vêm seguimento das mortes de 16 palestinianos, na última sexta-feira, na Faixa de Gaza. A Israel estão a ser imputadas as responsabilidades do confronto e das vítimas mortais.Tratou-se do dia mais sangrento desde a guerra de 2014 em Gaza.

A ONU afirmou estar atenta aos acontecimentos ocorridos em Gaza, com o secretário-geral da organização, António Guterres, a pedir uma "investigação independente e transparente" dos confrontos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se de urgência na sexta-feira à noite para discutir a violência na Faixa de Gaza, mas não conseguiu acordar uma declaração conjunta.

(c/ agências)
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