O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, advertiu que os Estados Unidos se opõem à criação de novos colonatos israelitas na Cisjordânia no momento em que Benjamin Netanyahu se prepara para regressar ao poder numa coligação com a extrema-direita.
O bloco de direita e seus aliados ultraortodoxos e de extrema-direita garantiram uma maioria nas legislativas de 1 de novembro ao conseguir 64 lugares em 120, permitindo a Benjamin Netanyahu encetar negociações para formar governo.
O acento tónico da colonização na Cisjordânia, território palestiniano ocupado desde 1967 por Israel, marcou as negociações que permitiram a assinatura de um acordo para a governação com a extrema-direita na última quinta-feira.
Mais de 475 mil israelitas vivem atualmente em colonatos na Cisjordânia vistos como contrários ao direito internacional – são agora quatro vezes mais do que os colonos à altura dos Acordos de Oslo assinados na década de 1990 que não lograram, ao contrário do desejado, conduzir a uma paz duradoura entre israelitas e palestinianos.