Brasil. Segunda volta das autárquicas sem ataque cibernético

por Lusa
A segunda volta das eleições autárquicas brasileiras escapou a qualquer ataque informático Kacper Pempel/Reuters

O presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) do Brasil disse no domingo que não houve nenhum ataque cibernético bem-sucedido contra o sistema eleitoral do país.

"Relativamente à segunda volta (das eleições municipais) a observação importante é que não houve nenhum ataque (cibernético) bem-sucedido, como não houvera, aliás, na primeira volta", afirmou Luis Roberto Barroso após o fim do apuramento dos votos durante uma conferência de imprensa, na sede do TSE.

"(Não houve) nenhum ataque bem-sucedido ao sistema eleitoral e mesmo nenhum ataque bem-sucedido ao sistema do Tribunal Eleitoral", acrescentou.

No domingo, o Brasil realizou a segunda volta das eleições municipais em 57 cidades com mais de 200 mil eleitores, incluindo capitais regionais importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

Segundo Barroso, as eleições levaram às urnas mais de 26 milhões brasileiros de um total de mais de 38 milhões aptos a votar, numa eleição que terminou sem incidentes graves.

O presidente do TSE lembrou, porém, que na primeira volta das municipais, disputada em 15 de novembro, aconteceram problemas no sistema informático do tribunal, que também foi alvo de ataques cibernéticos.

Factos da primeira volta

"Na primeira volta comprovadamente nós sofremos diversos ataques. Na verdade, um ataque com um vazamento de informações irrelevantes sobre funcionários do TSE e uma tentativa de derrube do sistema com mais de 436 mil acessos por segundo, que é um esforço que se chama ataque de negação de serviço", afirmou Barroso.

Os ataques cibernéticos deram origem a uma investigação da polícia brasileira em parceria com a polícia portuguesa em razão da alegada participação do `hacker` português Zambrius na divulgação de informações do TSE. O pirata cibernético assumiu o ataque em entrevista aos `media` brasileiros e foi detido no sábado em Portugal.

"Temos hoje uma investigação em relação ao ataque do denominado `hacker` Zambrius. A investigação foi focada neste ataque e graças a uma cooperação, foi uma operação bem-sucedida. A chave do negócio foi a rapidez na identificação não só do Zambrius como dos `hackers` brasileiros que o auxiliaram neste ataque, que dependeu muito de um trabalho entre a área de informática do TSE e a polícia portuguesa (...) Agora estamos em função de todo material que foi colhido nas buscas, aprofundado as investigações. A investigação é focada na questão do Zambrius, nada mais", foi explicado pelas autoridades.

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