No Brasil Michel Temer voltou a afirmar que não se demite. Mauro Rochlin, um dos mais reputados economistas brasileiros, considera a situação insustentável. Nas ruas de todo o país as manifestações vão engrossando com muitos brasileiros a eleições diretas sem uma ideia clara de quem poderia ser a figura que mereceria o seu voto.
João Pacheco de Miranda não tem dúvidas em afirmar que "neste momento apenas a justiça e a polícia federal se salvam num país que está mergulhado no caos". O comentador do Jornal 2 e ex-correspondente da RTP no Brasil, fala num país onde a corrupção é endémica entre a classe política e onde o problema não é Temer, "é a falta de alternativas".
O especialista em questões da América Latina lembra os valores da liberdade como bem maior, mas recorda que uma solução constitucional é cada vez mais difícil "porque, já tendo passado mais de metade do mandato, eleições diretas não são possíveis por lei, numa eleição indireta perfilam-se na linha de sucessão de Temer duas figuras (o presidente da Câmara dos deputados e presidente do Senado) que estão também envolvidas em casos de corrupção".