Sydney, Austrália, 29 jun (Lusa) -- O cardeal George Pell, que dirige a Secretaria da Economia do Vaticano, vai regressar à Austrália para se defender das acusações de pedofilia que rejeita veementemente, declarou hoje a arquidiocese de Sydney.
A polícia do estado australiano de Victoria anunciou esta manhã que George Pell, de 76 anos, foi indiciado e intimado a comparecer diante do tribunal de primeira instância de Melbourne no próximo dia 18 de julho.
George Pell "afirmou estar ansioso por apresentar-se em tribunal", onde vai "negar vigorosamente todas as alegações", e limpar o seu nome, indicou a arquidiocese de Sydney, num comunicado emitido em nome do cardeal.
"Embora ainda seja de madrugada em Roma, o cardeal George Pell foi informado da decisão" das autoridades australianas.
Principal conselheiro financeiro do papa Francisco e o mais alto representante da Igreja católica na Austrália, George Pell é o mais alto membro do Vaticano a ser formalmente indiciado por crimes relacionados com abuso sexual de menores.
O comissário-adjunto da polícia do estado de Victoria, Shane Patton, afirmou que Pell enfrenta múltiplas acusações relativas a crimes sexuais e que existem muitas denúncias relacionadas com esses casos, sem facultar detalhes sobre as alegações.
"É importante sublinhar que nenhuma das alegações contra o cardeal Pell foi ainda comprovada em tribunal", frisou o mesmo responsável aos jornalistas.