Catalunha. Corte de estradas em dia de greve geral, depois de mais uma noite de violência

por Antena 1

Lojas vandalizadas, confrontos com a polícia e agressões entre grupos de extrema-direita e manifestantes antifascistas. Foi assim a quarta noite consecutiva de protestos em Barcelona. Esta sexta-feira, os protestos já levaram ao corte de várias estradas, até na fronteira com a França e Andorra.

A condenação dos líderes independentistas foi o rastilho para uma onda de manifestações violentas. O último balanço aponta para 18 feridos e 19 pessoas detidas.

Esta sexta-feira decorre uma greve geral na Catalunha, que já está a ser marcada por cortes de autoestradas e várias vias na Catalunha, entre as quais a N2 próximo da fronteira entre Espanha e a França, disse o Ministério do Fomento. Mais de meia centena de vôos foram cancelados no aeroporto de Barcelona.


Na cidade de Barcelona várias artérias foram já parcialmente fechadas à circulação por causa das manifestações que se vão prolongar, previsivelmente, durante todo o dia.

Segundo as autoridades (Guardia Urbana) o trânsito vai ser restringido na Avenida Meridiana e a Ronda del Litoral assim como numa das entradas de Barcelona, em Lobregat.

Os serviços mínimos decretados nos serviços de metropolitano e autocarros, assim como nos comboios da Renfe, funcionavam com normalidade às primeiras horas do dia.

Fontes da empresa Transports Metropolitans de Barcelona (TMB) disseram à agência de notícias EFE que os serviços de metropolitano e autocarro estão a funcionar em “regime de serviço mínimo” e que não se registaram incidentes nos transportes públicos.

A greve geral foi convocada pelos sindicatos independentistas Intersindical-CSC e Intersindical Alternativa de Catalunya (IAC), em protesto contra a condenação pelo Tribunal Supremo espanhol dos 12 dirigentes políticos.

A Unión General de Trabajadores (UGT) e a Confederación Sindical de Comisiones Obreras (CC.OO) demarcaram-se do protesto por não a terem convocado.

Convergem também em Barcelona, as várias marchas pela liberdade que têm sido realizadas, em defesa da libertação dos líderes independentistas que estão detidos.
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