China executa ex-chefe regional da polícia

por Lusa

As autoridades chinesas executaram hoje o antigo chefe da polícia na região autónoma da Mongólia Interior, condenado à morte por assassínio, coação, suborno e posse de armas de fogo e material explosivo, informou a imprensa estatal.

Zhang Liping, de 64 anos, matou a tiro a amante, de 28, identificada pelas autoridades apenas como Li, e depois queimou o corpo.

Foi detido em março de 2015 e expulso do Partido Comunista Chinês (PCC) quatro meses depois.

Zhao foi responsável pela polícia na Mongólia Interior, província no extremo norte da China, ao longo de sete anos, até se ter reformado, em 2012. Foi também vice-chefe do órgão de consulta do governo local.

O homem foi ainda acusado de adultério, que embora não seja um crime punido pelo código penal chinês, é considerado "uma violação da moral socialista" e "um comportamento inaceitável" para os membros do partido.

Tinha propriedades no valor de dois milhões de yuan (cerca de 270.000 euros), que foram obtidas ilegalmente e, entretanto, confiscadas.

O tribunal não especificou a causa do homicídio, mas os jornais chineses noticiaram que Li terá ameaçado expor os crimes de corrupção de Zhang.

O envolvimento de vários dirigentes do PCC em casos de corrupção foi denunciado, nos últimos anos, por ex-amantes.

Liu Tienan, um antigo responsável pelo planeamento económico da China, foi condenado a prisão perpétua por aceitar subornos, depois de a amante ter entregado a um jornalista informações sobre negócios obscuros, graus académicos falsos e ameaças de morte.

 

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