China expressa "profunda preocupação" com situação no Médio Oriente

por Lusa

A China expressou hoje "profunda preocupação" com o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, e pediu "calma e contenção".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação "com a atual escalada da situação" na região e apelou a "todas as partes para que exerçam a calma e a contenção".

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

"Esta é a mais recente manifestação das repercussões do conflito em Gaza. A prioridade máxima é a aplicação efetiva da Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU e o fim do conflito em Gaza o mais rapidamente possível", indicou o comunicado de Pequim.

A China deixou ainda um apelo à comunidade internacional, "especialmente aos países influentes", para que desempenhem "um papel construtivo na manutenção da paz e da estabilidade regionais".

O Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência hoje, a pedido de Israel, para discutir os ataques iranianos de sábado à noite.

Na semana passada, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, condenou "de forma veemente" o ataque atribuído por Israel ao consulado iraniano em Damasco.

Numa conversa com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Wang pediu ainda respeito pela soberania do Irão e da Síria e sublinhou "a inviolabilidade" das instituições diplomáticas.

A China reiterou que a recente escalada das tensões é "uma extensão" do conflito na Faixa de Gaza e que a "prioridade imediata" é "acalmar a situação" na região.

Pequim tem manifestado apoio à "causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos" e à solução de dois Estados, ao mesmo tempo que manifesta consternação pelos ataques contra civis por parte de Israel.

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