Sindicatos e associações de estudantes voltaram às ruas da Colômbia esta quarta-feira, desta vez em honra de um jovem manifestante, morto em confrontos com a polícia. Este é já o sexto dia de protestos, depois de, na semana passada, ter sido decretada uma greve geral, e uma marcha ter juntado, em Bogotá, uma multidão estimada pelos organizadores em 250 mil pessoas.
#Colombia Resiste! #ParoNacional #27NParoNacional pic.twitter.com/whgdhyvXQc
— María Fernanda Ávila (@Mafe_Avila) November 27, 2019
El paro nacional en #Colombia de este 27 de noviembre contra el paquetazo de #DuqueAsesino y en homenaje a #DilanCruz exige la disolución del Esmad, la depuración de la policía y el hundimiento de la reforma tributaria impulsada por el gobierno. pic.twitter.com/iUROcSqWGw
— Kaki reyez (@KakiReyez) November 27, 2019
Miles de personas en #ParoNacional en #Colombia.@PrensaLatina_cu le comparte video@ClaudiaDupePL @EnriqueLuisGon7 @GissellHernnde3 @odatroya pic.twitter.com/xbD1ZpWa7f
— Masiel Fernández Bolaños (@MasielPL) November 27, 2019
#27Nov #Colombia Más de 340 uniformados han sido agredidos durante el Paro Nacional. https://t.co/PwH5LvCSJz pic.twitter.com/hzCuFF7cmj - @EspectadorVideo
— Reporte Ya (@ReporteYa) November 27, 2019
#27Nov #Colombia 2.17pm (Hora Venezuela ) En el centro de Bogotá, manifestantes pusieron la bandera de Colombia a la estatua de Simón Bolívar. Siguen avanzando las movilizaciones hasta este punto de la ciudad pic.twitter.com/s7IwByBoRs -
— Reporte Ya (@ReporteYa) November 27, 2019
@BluRadioCo
Os apelos à greve geral começaram logo em outubro, depois de começarem a circular rumores sobre um pacote governamental a prever cortes nas reformas e nas pensões, o aumento da idade de reforma e reduções do salário mínimo para os mais jovens.
À greve geral decretada a semana passada pelos sindicatos e estudantes, juntaram-se rapidamente grupos de toda a sociedade colombiana.
Os protestos "expandiram-se rapidamente para algo muito mais vasto, atraindo não apenas estudantes e trabalhadores, mas todo o tipo de colombianos, preocupados com um sistema de saúde extremamente deficiente, pensões reduzidas, violência, desigualdade, corrupção e outras questões", referiu a analista política Arlene Tickner, da Universidade de Rosário, em Bogotá.
#DilanCruz #Colombia #NoMasViolencia Q.E.P.D pic.twitter.com/oYsS1030MG
— 𝑨𝒍𝒆𝒙𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 𝑩𝒂𝒓𝒓𝒆𝒓𝒐 🇨🇴 (@alebarrero777) November 26, 2019
O Comité Nacional para a Greve, que junta os sindicatos e organizações estudantis mais representativos, exige agora ao Governo a dissolução e a "purga" da polícia.
Esta terça-feira, o Governo esteve reunido com o Comité, mas o diálogo esbarrou num impasse, com os sindicalistas a pedirem uma reunião exclusiva com Duque, sem a presença de patrões ou de líderes de outros grupos.
Após a reunião, o Comité nacional anunciou o agravamento da luta. "Vamos fortalecer e aumentar os protestos", prometeu. "A greve continua", acrescentou , apelando a nova paralisação geral esta quarta-feira.
O Comité quer ainda que o executivo colombiano ponha de lado um pacote financeiro que previa cortes nos impostos aplicados às empresas.
Entre a espada e a parede
As exigências dos manifestantes, para já sem liderança formal apesar do papel assumido pelo Comité Nacional, não estão sistematizadas e será difícil ao Governo colombiano responder ao estado geral de insatisfação.
Até porque, o partido do presidente iria muito provavelmente retirar-lhe o apoio, caso Duque cedesse na implementação do acordo de paz ou na dissolução da polícia.
O Presidente anunciou no início da semana várias alterações à proposta sobre os impostos, avaliadas em 930 milhões de dólares, incluindo o regresso de taxas bonificadas para os colombianos mais pobres, que representam 20 por cento da população, e contribuições mínimas dos pensionistas para os cuidados de saúde estatais.
"A nossa responsabilidade é unir a Colômbia", apelou Ivan Duque no domingo, prometendo ainda abrir até março de 2020 vias de diálogo sobre questões sociais, económicas e ambientais. Sugestão rejeitada com escárnio pelos manifestantes.
"Muito pouco, muito tarde", referem os analistas sobre as propostas do Presidente.
"Os manifestantes não querem estar a debater isto até março de acordo com os termos do Governo. Querem um lugar à mesa, querem ser reconhecidos quanto à importância assumida pelo seu movimento e pela significância do seu número", referiu à al Jazeera Sergio Guzman, diretor do Colombia Risk Analysis.
“Não vamos tolerar é que um grupo de desajustados afete a segurança de nossas cidades”, disse o governo da #Colômbia sobre a expulsão de agitadores da #Venezuela.https://t.co/EX2FEQh1GR
— RENOVA (@RenovaMidia) November 25, 2019