Trinta operacionais do Exército português, integrados no 6.º contingente destacado para o Iraque, estão a treinar soldados locais em “combate em áreas urbanas”, tendo em vista operações contra bolsas de resistência do Estado Islâmico naquele país. Esta formação, que tem lugar na base de treino de Besmaya, a sudeste de Bagdade, vai decorrer durante dez semanas.
“Os militares portugueses transmitem estes conhecimentos e práticas aos militares do Exército Iraquiano de acordo com os planos de instrução aprovados pela Coligação Internacional”, lê-se na mesma nota.
Uma vez concluídas as dez semanas de instrução, os efetivos do Exército iraquiano serão destacados “para as áreas de operações onde ainda se encontram ativas células do Daesh, ocultadas no seio da população fazendo uso das áreas urbanas para levarem a cabo as suas ações”.
Créditos: Estado-Maior General das Forças Armadas
O EMGFA recorda o início, em 2015, da “guerra relâmpago” do autoproclamado Estado Islâmico, que “no espaço de um ano” levou a que a organização terrorista de Abu Bakr al-Baghdadi “ocupasse cerca de um terço do território iraquiano”, com maior incidência nos “grandes aglomerados populacionais”.
“A maior dificuldade da contraofensiva posterior levada a cabo pelas Forças Armadas Iraquianas, apoiadas pela Coligação Internacional no âmbito da Operation Inherent Resolve”, sublinha o comunicado, foi precisamente o combate urbano.
O Estado-Maior dá como exemplo a cidade iraquiana de Mossul, “onde as operações de limpeza ainda continuam, não obstante o anúncio oficial da ocupação da cidade pelas autoridades iraquianas e consequente derrota do Daesh”.