Os membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram hoje por unanimidade os "hediondos ataques terroristas" nos Emirados Árabes Unidos, na segunda-feira, por rebeldes Huthis iemenitas.
A resolução - redigida pelos Emirados Árabes Unidos e que sublinha que os ataques mortais a civis "foram cometidos e reivindicados pelos Huthis" - foi aprovada no início de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Nações Unidas dedicada a este ataque.
A sessão especial tinha sido solicitada pelos Emirados Árabes Unidos, membro não permanente do Conselho.
Os ataques de segunda-feira provocaram a morte a três civis e ferimentos em outros seis, tendo sido atribuídos aos rebeldes Huthis do Iémen, que terão feito explodir navios-tanque que transportavam combustível.
Durante as negociações da resolução, a Rússia expressou reservas sobre um texto que fala de "terrorismo", mas Moscovo acabou por se aliar à posição maioritária do Conselho de Segurança.
Num comunicado, o Conselho de Segurança destaca "a necessidade de responsabilizar os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores desses atos repreensíveis de terrorismo e levá-los à justiça".
O Conselho pede ainda a "todos os Estados, de acordo com as suas obrigações sob o direito internacional (...) a cooperar ativamente com o Governo dos Emirados Árabes Unidos e com todas as outras autoridades competentes".
Os Huthis - apoiados pelo Irão, que nega fornecer ajuda militar a este grupo rebelde - já tinham realizado num passado recente ataques semelhantes contra a Arábia Saudita.
Após os ataques de segunda-feira - condenados pelo secretário-geral da ONU e por várias potências mundiais -- as forças da coligação árabe retaliaram com ataques a Saná, que mataram 14 pessoas.
Segundo a ONU, o conflito no Iémen já custou pelo menos 377 mil vidas, vítimas diretas e indiretas de uma guerra que já dura há mais de sete anos e que provocou uma das piores crises humanitárias no mundo.