Corbyn promete resolver `Brexit` em seis meses com novo acordo e referendo

por Lusa
Reuters

O líder do partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, prometeu hoje resolver o processo do `Brexit` em seis meses, negociando um novo acordo e submetendo-o a um referendo.

"Após três longos anos de divisão por causa do `Brexit` e de fracasso dos Conservadores, precisamos de resolver este problema. Precisamos de tirá-lo das mãos dos políticos e deixar que o povo tenha a palavra final", afirmou Corbyn no lançamento da campanha para as eleições legislativas de 12 de dezembro.

Corbyn disse que, se o `Labour` ganhar as eleições, pretende "abrir negociações imediatamente sobre uma relação sensata com a União Europeia, uma [relação] que não destrua postos de trabalho, que mantenha as relações comerciais e uma união aduaneira".

Este acordo evitaria uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e República da Irlanda e protegeria o acordo de paz para aquela região, vincou.

O resultado da negociação, que Corbyn descreveu como "um acordo sensato", será colocado num referendo, com a opção de o Reino Unido permanecer na UE.

"Nessa altura, o partido vai unir-se e discutir o que fazer. Acredito que esta é uma opção sensata e credível", explicou, em resposta a perguntas dos jornalistas, recusando comprometer-se sobre qual das opções vai apoiar em campanha.

No discurso para militantes, prometeu investir em serviços públicos, aumentar o salário mínimo, eliminar as propinas universitárias e nacionalizar companhias ferroviárias, dos correios e da água, regular os mercados imobiliário e laboral e combater a evasão fiscal.

O líder trabalhista disse que as eleições de 12 de dezembro são "uma oportunidade única numa geração para transformar o país e enfrentar interesses instalados".

O Reino Unido aceitou esta semana um novo prolongamento do processo para o `Brexit`, que estava previsto terminar na quinta-feira, mas que agora pode ser concluído até 31 de janeiro.

Na decisão, o Conselho Europeu "declara firmemente que exclui qualquer possibilidade de reabertura do Acordo de Saída no futuro".

 

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