Confirmado primeiro caso de coronavírus na Alemanha, segundo país europeu com registo de infetados

por RTP
Reuters

O coronavírus já ultrapassou a barreira de uma centena de mortos. O mais recente balanço das autoridades chinesas aponta para 106 vítimas mortais e mais de 4500 pessoas infetadas. Depois da França, a Alemanha tornou-se o segundo país europeu a confirmar um caso de contágio.

O primeiro caso de contaminação na Alemanha foi anunciado na segunda-feira à noite o ministério da Saúde da Baviera.

"Um homem da região de Starnberg foi infetado com o novo coronavírus" e "está sob vigilância médica e em isolamento", informou um porta-voz do ministério em comunicado.

O paciente está "clinicamente em boas condições", adiantou o porta-voz sem dar detalhes. Os familiares do doente foram informados dos sintomas que podem aparecer em caso da doença, assim como das precauções relativas à higiene que devem tomar.

O ministério não deu nenhuma indicação sobre quem é o doente ou as circunstâncias em que poderá ter sido infetado pelo coronavírus.

A Alemanha torna-se o segundo país da Europa com a confirmação da presença do coronavírus, após três casos em França, confirmados na semana passada. O primeiro repatriamento de um cidadão francês que está na China foi marcado para quinta-feira.

Vários países estão a preparar, com autorização do governo de Pequim, a retirada, de avião, dos cidadãos que vivem na cidade chinesa de Wuhan.

O diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diz estar confiante que a China tem a capacidade de controlar e conter a propagação do novo coronavírus. Declarações que surgem após uma reunião com as autoridades de Pequim.

O novo diretor aprovou as medidas tomadas até agora para combater o surto, refere a Xinhua, a agência estatal chinesa de notícias.

De acordo com a Xinhua, o diretor da OMS diz não serem necessário retirar os estrangeiros que estão na China e fez apelos à calma.
Portugueses em Wuhan "estão saudáveis"
A Direção-Geral de Saúde assegura que estão bem os portugueses que vivem no chamado epicentro do coronavírus.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse na segunda-feira que os portugueses a viver em Wuhan, a cidade chinesa de onde é originário o novo coronavírus, "estão saudáveis" e mantêm-se previstos protocolos de saúde para uma eventual retirada desses cidadãos, por "precaução".
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

A China enviou quase 6.000 médicos de todo o país para a província de Hubei, onde se situa a cidade de Wuhan, para reforçarem a luta contra o novo surto de coronavírus.

Um total de 4.130 médicos, integrados em 30 equipas, já chegaram e começaram a trabalhar, disse Jiao Yahui, um responsável da Comissão Nacional de Saúde, durante uma conferência de imprensa realizada em Pequim, acrescentando que mais 1.800 chegarão até o final do dia de hoje.

As primeiras equipas foram enviadas da cidade de Xangai e da província de Guangdong na sexta-feira.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

O Governo decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.

A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
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